Por que perseguir o agronegócio?
Há poucos dias visitei
os mananciais do complexo da Serra da Cantareira, que fornecem grande parte da
água consumida na grande São Paulo. É invejável o cuidado das autoridades e da
população local na preservação deste tesouro que beneficia milhões de pessoas.
Aliás, fruto do simples bom senso.
Em relação à
agropecuária, contudo, o governo federal procede de modo diametralmente oposto,
atormentando-a e prejudicando-a com todo tipo de ameaças. Até o insuspeito
jornal esquerdista “Le Monde” advertiu o Sr. Lula da Silva de que ele deveria
tratar bem o agronegócio, pois o mesmo era “a galinha de ovos de ouro do
Brasil”.
Sou às vezes levado a
imaginar que se trata de obsessão sectária, pois a cada momento e de todos os
lados surgem ameaças: as invasões de terra, uma verdadeira guerra; o movimento
quilombola, como coelho saído de cartola; reservas indígenas infestadas de
agitadores estrangeiros cujos anseios são atendidos por magistrados que pouco
se incomodam em tratar a outros brasileiros como alienígenas.
Até pela chuva ou
pelo bom tempo, os culpados são os agropecuaristas que, ao contrário dos
utopistas, não trabalham ao sabor do vento; sem falar do malfadado “trabalho escravo”, ardilosa arma manuseada
pelos responsáveis de um país no qual, durante cinco meses do ano, todos os que
trabalham o fazem na condição de escravos de um único e insaciável patrão: o Estado...
Tenho vontade de bradar:
Atenção, homens de Brasília! Parem! Deixem o agropecuarista trabalhar em paz!
Deixem reinar a paz no campo! – lema, aliás, de nossa bandeira em defesa da
agropecuária brasileira. Ou a esquerda brasileira ainda quer o modelo cubano?
Antes de se tornar comunista, Cuba produzia mais que o dobro do açúcar
brasileiro. E hoje? – Ela atingiu um nível tão baixo que sua produção regrediu
à de 100 anos atrás!
Outro exemplo é a produção de leite. Tive
oportunidade de, numa exposição agropecuária, ver o corpo de uma vaca cubana
embalsamada, a qual, na década de 80, foi muito propagada mundo afora como sendo
a que teria produzido mais leite até então, atingindo a marca histórica de mais
de 100 litros/dia. Trata-se da famosa “Uble
Blanca”...
Hoje a miserável Cuba
produz somente em torno de 500 milhões de litros de leite, quantidade equivalente
à de apenas cinco municípios paranaenses (Castro, Marechal Cândido Rondon,
Carambeí, Toledo e Realeza).
O Paraná é o terceiro produtor brasileiro, com 3.7
bilhões de litros – mais de sete vezes a
produção de Cuba.
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