Receita simples, ou quem ri por último...
Receita simples de um
experiente observador da política brasileira para que o governo de Dilma se
recupere já e vença as eleições do próximo ano:
- É preciso mudar e muito
a relação política com a sociedade, o Congresso, os partidos, os governadores e
prefeitos, as entidades empresariais, sindicais e populares. Além de mudar sua
comunicação e a gestão e execução dos principais programas do governo.
E por fim:
- É preciso reavaliar
prioridades e manter o rumo da política econômica para crescer sem inflação e
distribuindo renda. É preciso também ouvir as críticas, demandas e
reivindicações da cidadania. Além de ouvir as ruas e ir para as ruas defender e
debater com o povo o plebiscito e a reforma política. No mais, é preciso
mobilizar a base social e política do governo para defendê-lo e defender a obra
do PT.
Que tal? Moleza?
Apresento-lhes o autor da
receita para salvar o governo que mais perdeu pontos de uma única vez desde que
pesquisas começaram a ser aplicadas no país: José Dirceu de Oliveira,
ex-coordenador da campanha vitoriosa de Lula em 2002 para presidente da
República, ex-ministro-chefe da Casa Civil, deputado federal cassado por seus
pares, e finalmente condenado pela Justiça como chefe da quadrilha do mensalão.
Em resumo, ele recomenda
uma mudança radical de comportamento do governo faltando 15 meses para a
eleição que poderá estender o mandato de Dilma por mais quatro anos – ou não.
A mudança não é radical
porque seus ingredientes sejam. É radical porque implica em virar o governo
pelo avesso, a presidente pelo avesso.
Mudar a relação com a
sociedade... Com os políticos, os líderes sindicais, o povo...
Perguntem a Dilma se ela
enxerga problemas na sua relação com a sociedade, os políticos seus parceiros,
os líderes sindicais, e o povo que até recentemente a sustentava no mais alto
pedestal jamais alcançado por um presidente.
Talvez admita que enfrente
alguns problemas com os políticos, sim, mas por culpa deles. Os políticos
querem empregos e dinheiro sem limite. E chantageiam o presidente.
Pobre Dilma!
Os sindicalistas se
parecem com os políticos. E se ela ceder aos seus apelos será o fim. De resto,
não disfarçam seu despreparo. E falam muitas bobagens.
Mais de uma vez – pobre
Dilma! – ela foi obrigada a mandar alguns deles calarem a boca. Ou a
interromper a reunião com eles porque tinha mais o que fazer. Admira a
paciência de Lula, mas a dela é menor. Fazer o quê?
José Dirceu propõe a
mudança da gestão e da execução dos principais programas do governo. O que quer
dizer com isso? Que os programas, verdadeiras joias da coroa do governo, estão
sendo mal conduzidos?
Até aqui só quem dizia uma
coisa dessas era a oposição.
Os principais programas do
governo são mal geridos e mal executados...
Quero só ver Dilma
concordar. Caso concorde assinaria o atestado de óbito de sua administração.
Agora é fácil falar em
ouvir as críticas e demandas das ruas porque elas começaram a gritar. Mas quem
foi capaz de prever que todo esse desmantelo ocorreria? Quem foi?
Não é justo cobrar das
pessoas o que elas não estão preparadas para dar.
Jamais passou pela cabeça
de Dilma aspirar à presidência.
Ela não pediu para suceder
Lula. Acreditou que poderia dar conta do recado se contasse com os conselhos
inteligentes dele.
Enganou-se.
Lula não esconde dos mais
íntimos que também se enganou ao indicar como candidata a mulher que dizia ser
melhor gestora do que ele.
Dilma está ameaçada de
passar à História como a presidente que marcou o fim da Era do PT no poder.
Pobre Dilma!
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