domingo, 11 de agosto de 2013

Agropecuária se sobressai


Campo, câmbio e tecnologia

Pelo menos um setor, o agronegócio, pode exibir bons resultados num ano desastroso para o comércio exterior brasileiro. 

Chegaram a US$ 47,3 bilhões entre janeiro e julho, cerca de 12% mais que um ano antes, as vendas externas de soja e derivados, carnes in natura, café, milho, fumo, couro, suco de laranja e algodão. 

Estes são apenas os produtos principais. Um levantamento mais detalhado apontaria um faturamento maior, mas basta essa verificação incompleta para mostrar o contraste entre as exportações de base agropecuária e as vendas de manufaturados, no valor de US$ 50,69 bilhões, apenas 0,4% maior que as de igual período de 2012. 

Sem as commodities, e, de modo especial, sem as do agronegócio, o saldo comercial acumulado em sete meses seria bem pior que o déficit de US$ 4,99 bilhões apontado nas contas oficiais.


A busca da produtividade continua. Grande parte do investimento privado deste ano, apontado pelo governo como um dado altamente positivo, foi realizada pela agropecuária, mas este detalhe é raramente ressaltado

Enquanto a produção de veículos leves entre janeiro e julho foi 5,2% maior que a de igual período de 2012, a de caminhões pesados ficou 43,9% acima da registrada um ano antes, segundo os últimos dados da associação das montadoras, divulgados ontem. 

A boa safra de grãos e oleaginosas é uma das principais explicações desse resultado — provavelmente a principal. As vendas de máquinas agrícolas automotrizes de fabricação nacional aumentaram 28,6% na mesma comparação. 

Esse vigor é resultado de ações de longo alcance, muito diferentes das políticas imediatistas e eleitoreiras dominantes em Brasília nos últimos anos.

OESP, 7/8/2013
Notas & Informações

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