Safra
2017 soma 242,1 milhões de toneladas, alta de 31,1% ante 2016, revela IBGE
Estadão Conteúdo
Rio, 10/08 – O Levantamento Sistemático da Produção
Agrícola de julho estima uma safra recorde de 242,1 milhões de toneladas em
2017, um avanço de 31,1% em relação à produção de 2016, que totalizou 184,7
milhões de toneladas, informou nesta quinta-feira, 10, o Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE). A estimativa supera em 0,7% a prevista em
junho, com 1,8 milhão de toneladas a mais de grãos.
Os produtores brasileiros semearam 61,1 milhões de
hectares na safra agrícola de 2017, 7,1% mais que em 2016, cuja área somou 57,1
milhões de hectares. Em comparação à estimativa de junho, a área cresceu 0,1%,
o equivalente a 74,5 mil hectares a mais.
A produção nacional de soja será 19,7% maior este
ano do que a obtida em 2016, segundo o IBGE. A área colhida aumentou 2,3%. O
milho deve ter um salto de 56,1% na produção em 2017, com aumento de 18,4% na
área. Já o arroz terá crescimento de 16,3% na produção, e elevação de 4,0% na
área a ser colhida.
O arroz, o milho e a soja são os três principais
produtos agrícolas do País, responsáveis por 93,6% da estimativa da produção
brasileira em 2017 e 87,9% da área a ser colhida.
A produção nacional de milho e de soja será maior
do que o esperado em junho. A safra de soja será 0,2% superior ao
previsto anteriormente, enquanto que a estimativa para o milho subiu 1,7%. A
produção de milho de primeira safra aumentou 1,0%, e a segunda safra cresceu
2,1% em relação à previsão anterior.
Os demais avanços registrados na passagem de junho
para julho foram na laranja (16,0%), feijão 3ª safra (5,3%), algodão herbáceo
(2,0%), café canephora (1,6%), feijão 1ª safra (1,6%), café arábica (1,5%),
arroz (1,2%) e cana-de-açúcar (1,2%).
Na direção oposta, houve redução nas estimativas
para o feijão 2ª safra (-0,9%) e o trigo (-6,5%).
IBGE
prevê em julho novo recorde para a safra agrícola de 2017
Nova estimativa é de que sejam produzidas 242,1
milhões de toneladas este ano, um avanço de 31% frente a 2016; supersafra
ajudou a melhorar o PIB do 1º trimestre.
Por Taís Laporta, G1
10/08/2017
09h01 Atualizado há 9 horas
Previsão
é de avanço de 31,1% frente à produção agrícola de 2016 (Foto: Giuliano
Gomes/PR Press)
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) elevou mais uma vez, em julho, sua previsão
de recorde para a safra agrícola de 2017. O órgão revisou nesta quinta-feira
(10) sua estimativa para a produção em 242,1 milhões de toneladas, um avanço de
31,1% frente a 2016.
O volume estimado em julho é 0,7% maior que a
previsão feita no mês anterior, quando o IBGE projetou uma safra de 240,3
milhões de toneladas para o ano.
As culturas da soja (115,0 milhões de toneladas) e
do milho (99,4 milhões) são as grandes responsáveis pelo aumento de 57,4
milhões de toneladas em relação a 2016, segundo o Levantamento Sistemático da
Produção Agrícola do IBGE. O arroz, a cevada, o feijão e o sorgo também se
destacaram em julho.
O clima chuvoso beneficiou as
lavouras em todo o país, ao contrário de 2016, quando houve escassez de chuvas,
principalmente no Cerrado
Por sua vez, o café, que teve uma queda 7% na
produção frente a 2016, surpreendeu com uma safra melhor que o esperado,
prevista em 2,8 milhões de toneladas, ou 47,2 milhões de sacas de 60kg.
O clima chuvoso beneficiou as lavouras em todo o
país, ao contrário de 2016, quando houve escassez de chuvas, principalmente no
Cerrado, disse o pesquisador do IBGE, Carlos Antonio Barradas, em comunicado do
órgão.
O aumento dos preços também estimulou a produção, segundo
Barradas. “Os preços elevados dos principais produtos da agricultura
brasileira, nas épocas do plantio da atual safra (safra verão e 2º safras),
notadamente soja, milho, arroz e feijão, incentivaram os produtores a ampliarem
a área plantada e a investirem em mais tecnologia de produção”.
Destaque no PIB
Nos três primeiros meses de 2017, a safra
recorde tirou a economia de um ciclo de oito trimestres seguidos de queda,
enquanto a indústria cresceu abaixo do esperado e serviços estagnou. O PIB da agropecuária cresceu
13,4% no primeiro trimestre, o maior alta em mais de 20
anos. Esse avançou puxou a alta de 1% da economia brasileira no primeiro
trimestre.
No ano passado, o setor encolheu 6,6%, a maior
retração dos três setores do PIB, prejudicado pela colheita fraca de
cana-de-açúcar, soja e milho. Juntas, estas culturas somam quase 60% da
produção agrícola do país.
O bom resultado da agropecuária não deve ficar
restrito ao primeiro trimestre. A CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária
do Brasil) estimava no começo de junho em 8,5% a alta o PIB do setor
em 2017. A consultoria MB Associados calculava um avanço de 8% em
2017.
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