China
defende Constituinte e critica interferência
externa na Venezuela
Pequim, 3 ago (EFE).- O governo da China assegurou que a votação para a
Assembleia Nacional Constituinte no último domingo na Venezuela foi realizada
"de forma estável em geral" e pediu a outros países que não
intervenham nesse e em outros assuntos internos do país latino-americano.
"A China sempre segue o princípio de não intervenção nos assuntos internos
de outros países e defende que haja igualdade e respeito entre as nações, sem
interferir em temas internos", advertiu o Ministério das Relações Exteriores
chinês em um comunicado publicado na noite de quarta-feira.
"A eleição Constituinte na Venezuela se desenvolveu de forma estável em
geral e notamos as reações de cada parte", acrescentou o governo chinês na
nota, na qual não mencionou os episódios de violência ocorridos durante as
eleições e as acusações de manipulação de resultados.
No comunicado, o ministério chinês expressou seu desejo de que o governo
e a oposição venezuelanos "possam ter um diálogo pacífico segundo a lei e
resolvam suas questões para manter a estabilidade do país e o desenvolvimento
da economia e da sociedade".
"A China acredita que o governo da Venezuela e seu povo serão capazes de
resolver seus assuntos internos, pois construir um país estável e desenvolvido
corresponde aos interesses de todas as partes", concluiu Pequim em sua
nota diplomática.
Os Estados Unidos decidiram impor sanções ao governo do presidente Nicolás
Maduro um dia depois das eleições da Constituinte e a União Europeia anunciou
nesta quarta-feira que não reconhecia a Assembleia Constituinte e advertiu que
intensificaria sua resposta se "os princípios democráticos"
continuarem sendo "solapados" no país sul-americano.
Desde a última década, a China é um dos sócios comerciais mais importantes da
Venezuela, país que chegou a ser o principal destino dos investimentos chineses
na América Latina, dado o especial interesse do regime comunista no petróleo
venezuelano.
Fonte: Uol notícias
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