Brasil 2018: o
petismo e a tática da confusão
♦ Marcos Machado
Não é necessário ter
“bola de cristal” ou pertencer aos altos círculos dos conciliábulos políticos
ou financeiros para concluir que a atual palavra de ordem das esquerdas
brasileiras é criar a confusão.
Depois
de 13 anos amordaçando o Brasil autêntico pelas mãos pouco limpas do
lulopetismo, a esquerda foi finalmente desbancada do poder com o impeachment de
Dilma Rousseff em 2016, o qual foi uma consequência direta das monumentais
manifestações populares iniciadas em 2013.
Diante do
irrevogável “tchau querida”, a esquerda não pode senão seguir o
conselho dos revolucionários e das hostes de satanás de todos os tempos: criem
e espalhem a confusão, turvando as águas e favorecendo as pescarias
suspeitas.
Essa
tática da esquerda não é nova. Muitos inimigos da Igreja e da civilização cristã
têm-na utilizado ao longo dos séculos. Com ligeiras atualizações, reproduzo uma
penetrante análise do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira mostrando que a confusão
é tática comunista.
Numa situação de
inferioridade — como aquela em que se encontra hoje o petismo —, a palavra de
ordem é: criar a confusão.
‘“Eu vou fazer uma
confusão! Vou fazer todas as pessoas pensarem em outras coisas, dizerem outras
coisas, cogitarem de outros assuntos, brigarem entre si por outras causas,
esquecendo um pouco as razões [que nos levaram ao impeachment, esquecer os
crimes do petismo] e criar um pandemônio tal que ninguém se entenda […]. Para
quem não vence, a confusão é o melhor meio. Porque aí, dentro da confusão, leva
a conseguir o que não conseguiria normalmente por uma votação honesta”.
O nosso contra-jogo é este: denunciar a
confusão. “Tudo quanto está acontecendo não é senão uma confusão,
que conduz a tornar instáveis todas as instituições, tornar precária a
solidez de todas as organizações, e facilitar a hora em que uma chacoalhada
derrube o prédio que já está rachado”.
Está descrita a
tática da esquerda brasileira nestes últimos meses, e nada indica que ela tenha
outra arma a utilizar para tentar retomar as rédeas do País. Visto também o
nosso contra-jogo: saiamos a campo e denunciemos a tática petista da confusão —
que visa provocar o desânimo, o cansaço e a perda da esperança no futuro do Brasil.
Vamos recordar, pois,
os grandes males que o petismo causou ao Brasil. “Animar, esse dever
urgente”. Com esse título, escrevia Plinio Corrêa de Oliveira um artigo na “Folha
de S. Paulo”, mostrando que “a luta contra esse pessimismo gratuito
[lançado pela tática da confusão] deve ser um dos empenhos mais contínuos dos
que reagem contra o comunismo; porque dissipar as trevas do desânimo me
parece um dos principais deveres do momento”.
E quais seriam,
então, as razões de esperança para nós, brasileiros, diante de tanta confusão?
A primeira e mais importante é que todo brasileiro tem a cognição de que este ainda será um grande Pais! Por
sua extensão territorial, pelas riquezas naturais com que o dotou a
Providência, pelas riquezas de alma de nosso povo — uma rara e feliz combinação
de intuição, universalidade e bondade —, o Brasil ainda será um grande País.
Edificar o novo
Brasil é o grande desafio desta geração que se levantou contra o despotismo de
governos esquerdistas. Porque esquerdista, o petismo leva em seu bojo uma
acentuada nota antibrasileira. Se não fosse a ação do clero de esquerda e de
elementos de projeção na CNBB, o petismo jamais teria alcançado o poder no
Brasil. Confessaram-no Frei Betto e o próprio Lula, ao afirmarem que os líderes
da esquerda atual saíram das sacristias. Revolvam-se os arquivos dos jornais e
encontraremos Dom Cláudio Hummes nas greves do ABC. E também outros bispos
esquerdistas promotores da invasão de propriedades particulares.
Enquanto o brasileiro
é dado à cordialidade, à bondade e à compreensão, o petismo, pelo contrário, é
rebarbativo, prega a invasão, acirra a luta de classes. Quantos antigos
terroristas pertencem aos quadros do PT? Algum deles já fez o mea culpa?
Portanto, querer impor aos brasileiros a mentalidade petista é atentar
gravemente contra a alma nacional, é atentar contra os fundamentos cristãos de
nossa nacionalidade.
Podemos classificar
os crimes petistas em três graus:
·
Em âmbito individual: desvios de verbas, propinas, enriquecimentos
ilícitos, vários militantes condenados pela Justiça brasileira.
·
Mais recentemente começam a sair a público os desvios financeiros de
alcance mundial. O bem documentado artigo de Aiuri Rebello no site da UOL
(1-6-18), sob o título “Brasil fez manobras irregulares para emprestar
dinheiro com desconto para outros países” — melhor diríamos: “Manobras
irregulares do PT para favorecer Cuba, Venezuela e países africanos de
esquerda” —, mostra como os 13 anos do governo PT depauperaram os
cofres brasileiros em favor da esquerda nas Américas e na África.
·
Mais grave e mais profunda nos parece ser a ação do petismo
enquanto destruidor da alma brasileira, em outras palavras, destruidor da
honra, do brio, da nossa reputação no concerto das nações.
Os fatos mostram que
a tática atual da esquerda é criar a confusão. O fruto da confusão é desanimar
a reação conservadora que sai às ruas. Nosso contra-jogo é denunciar a tática
da confusão e animar a reação conservadora, recordar as potencialidades do
Brasil e nossa missão providencial: ainda seremos um grande País. Para
isso nos ajudem a Divina Providência e Nossa Senhora Aparecida, Rainha e
Padroeira do Brasil.
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