terça-feira, 19 de junho de 2018

"Capitãozinho do mato": Racismo de esquerda pode?



Racismo de esquerda pode?


Ciro Gomes chamou o vereador paulistano Fernando Holiday, do MBL, de “capitãozinho do mato”. Ofensa racista.
O Movimento Negro não se manifestou até agora contra Ciro Gomes.
A esquerda com mandato também não disse nada.
Fonte: O Antagonista

sexta-feira, 15 de junho de 2018

O MST agoniza...




MST padece com a queda do PT do poder

Dois anos sem conseguir manter uma invasão
  



O fracasso dos atos organizados pelos sindicatos do país no último Primeiro de Maio refletem a derrocada do movimento sindical no país, após a proibição da cobrança do imposto sindical obrigatório imposta pelo presidente Michel Temer. Mas os sindicatos não foram os únicos grupos políticos que tiveram as pernas quebradas durante a atual administração.



O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) minguou em mais de 90% desde a queda dos governos do PT em 2016. Ao retirar das mãos do grupo o poder de entregar títulos de propriedade, o governo acabou com o maior trunfo do MST para chantagear assentados. 

Sem o poder de entregar os títulos definitivos a beneficiários da reforma agrária, tarefa assumida pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), os líderes do MST não conseguem mais obrigar assentados a participar de atos políticos, invasões e protestos. 

Apenas em 2017, o governo emitiu 123.553 títulos de posse, provisórios e definitivos. Um recorde histórico. Isto significa que o MST ficou sem poder de explorar 123.553 famílias, que que passaram a fazer ouvidos moucos aos líderes do movimento. Este ano, o governo já cumpriu quase metade da meta fixada para este ano, que é entregar 120 mil títulos de posse. 

Com os títulos em mãos, os agricultores podem obter linhas de crédito para financiar suas lavouras. Antes, estes documentos eram retidos pelos dirigentes do MST como forma de chantagear os assentados.



Há pelo menos dois anos, o MST não consegue manter por mais de uma semana uma invasão de terras em todo o país. Logo que assumiu, o presidente Michel Temer, por meio do então ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, determinou que os governos estaduais promovessem a desocupação imediata de propriedades invadidas.



A atmosfera começou a mudar no país ainda no mês de maio de 2016, quando Polícia Militar (PM) do Paraná, seguindo a nova orientação do governo Temer, acaba de cumpriu mandato de reintegração de posse da Fazenda Santa Maria, em Santa Terezinha de Itaipu, na região Oeste do estado. 

Os integrantes do MST foram expulsos do local por cerca de 500 policiais que seguiram para o local logo que receberam o mandato emitido pela Justiça.



Para tentar impedir a ação policial, manifestantes atearam fogo em dois veículos e fecharam os dois sentidos da BR-277. 

Os integrantes do Pelotão de Choque da PM logo conseguiram desobstruir a via, com o emprego de bombas de gás lacrimogênio e tiros com balas de borracha contra os participantes do protesto, que  tentaram revidar jogando pedras.



O assessor de Assuntos Fundiários do Paraná, Amilton Serigueli, afirmou que a reintegração não foi ordenada pelo Governo do Estado e é de responsabilidade exclusiva da Polícia Militar. 

"Estávamos negociando uma reintegração pacífica, estávamos numa boa negociação. agora precisamos saber de onde veio essa ordem. Em 5 anos, é a primeira vez que acontece isso. Temos um acordo de convivência pacífica. De divergência sim, mas de violência não”, afirmou surpreso o representante dos interesses dos invasores, chocado com a nova política do governo federal. 

Desde então, as invasões de terra no país foram reduzidas em quase 100%. O MST não possui mais um mapa de invasões com pontos vermelhos espalhados por todo o território nacional.




Além de estabelecer um modelo de tolerância zero contra invasões, o governo cortou todos os repasses de dinheiro do contribuinte para o MST. Pouco antes da prisão do ex-presidente Lula, líder do movimento, João Pedro Stédile, prometeu promover invasões em massa em propriedades rurais em todo o país. Ficou só na promessa. Todas as tentativas foram frustradas pela ação da polícia ou por associações de produtores.



As queixas dos dirigentes do movimento são justificáveis. A atividade do MST era bastante lucrativa antes da queda do governo Dilma. Além do faturamento envolvendo negociações de terras, o grupo faturava alto com os repasses generosos dos governos do PT. Apenas durante os dois mandatos de Lula, o grupo teria recebido R$ 268,5 milhões, segundo o senador Ronaldo Caiado.



Os líderes do MST, CUT e outros movimentos controlados pelo PT viviam dentro do Palácio do Planalto negociando repasses milionários. 

Não é por acaso que, assim como os artistas mamadores da Lei Rouanet, os meios de comunicação órfãos das verbas de publicidade governamental e donos de grandes fortunas, o pessoal do MST e CUT nutrem verdadeiro ódio contra o presidente Temer, a quem chamam de golpista. 

De fato, Temer aplicou duros golpes nos braços e pernas políticas do PT ao longo destes últimos dois anos. O MST míngua e, assim como o PT, não deve resistir por muito tempo. 




segunda-feira, 11 de junho de 2018

Sem cultura nova, nada feito



Sem cultura nova, nada feito


Péricles Capanema

Eleições próximas, avulta a perspectiva macabra de os eleitos serem do mesmo nível ou ainda piores que os nossos representantes atuais. A respeito dos eleitores, os analistas falam em indecisão, letargia, indiferença, rejeição, nojo. De forma congruente, chovem nas rodinhas de bar os comentários desanimados, o problema é a cultura brasileira; enquanto não mudar, e vai demorar, nada feito.

De outro modo, emperrados em pântano, cabeça confusa e pernas fracas, constatamos aterrados que o problema somos nós. Vamos distinguir, há planos nessa realidade, uns mais fundos, outros chegados à superfície.

As regiões de menor renda necessitam mais do Estado, tendem a votar em programas assistencialistas. O voto assistencialista pode ajudar e tem ajudado o populismo e o esquerdismo – especialmente por favorecer tantas vezes o estatismo e o intervencionismo – mas é apressado confundi-lo com os dois. Muitas vezes esse eleitor apresenta nas camadas mais profundas de sua personalidade preciosos depósitos conservadores.

As regiões de melhor nível econômico precisam menos do Estado, tendem a confiar mais nos instrumentos da sociedade. O foco não é o assistencialismo acima referido, é outro tipo de assistência. Propendem a exigir mais segurança para proteger a vida, os bens e as possibilidades de crescer. E odeiam a bandalheira no Estado, que drena recursos públicos, saídos do bolso do contribuinte.

Em resumo, nos dois casos, vale em primeiro lugar o interesse imediato, muitas vezes legítimo e razoável. O voto aqui, via de regra, tem baixo conteúdo ideológico.

A situação lembra a hoje célebre frase de James Garville, estrategista-mor dos democratas em 1992, “It’s the economy, stupid”, [É a economia, estúpido], dita a outros que com ele trabalhavam na campanha vitoriosa de Bill Clinton. A razão principal do triunfo de Bill Clinton seria a crise econômica. Em março de 1991, economia indo bem, 90% dos norte-americanos aprovavam George Bush. Pouco mais de um ano depois, economia em dificuldades, os eleitores elegeram Clinton.

Existe outro tipo de voto, agora com forte carga ideológica. A galáxia do que se poderia chamar esquerda católica, em boa parte de origem burguesa, formada especialmente nas organizações da Ação Católica, vota na esquerda. Foi e vem sendo longo trabalho de esquerdização da juventude, iniciado já nos anos 30. Constituem exemplos maiores de tal orientação, entre vários, Plínio de Arruda Sampaio, Franco Montoro, Paulo de Tarso. Hoje, seu mais estridente representante é frei Betto. Dali surgiu também o ex-frei Boff. Nas últimas décadas, deve-se incluir ainda como voto com forte conteúdo ideológico o oriundo das comunidades eclesiais de base, em geral de origem não burguesa.

Outro voto ideológico é de parte da burguesia letrada. Esse pessoal sai da universidade com utopias igualitárias, imagina que seus devaneios revolucionários equivalem a amor à humanidade, desejo de sociedade mais justa. A vida prática às vezes arredonda tais posições, mais pontiagudas na faculdade e nos primeiros anos de formado. Fica a toxina. É provável, encaixa-se aqui a maior parte dos políticos brasileiros, aninhados em todos os partidos. E eles têm eleitorado expressivo, além de serem tarimbados nas tretas de manipular votantes. Entre milhares saltam à memória FHC e Serra. Está aqui a grande maioria dos políticos do PT, PSOL Rede, PDT. Todo esse universo, mesmo que alguns falem em apoiar candidato de centro, quer um rumo esquerdista para o Brasil. Quando menos, seu centro tem viés de esquerda.

O conjunto acima pode facilmente empurrar o Brasil para a esquerda em 7 de outubro. E rumo esquerdista é namoro com a tragédia venezuelana ou cubana. Nunca é bom esquecer: o populismo favorece o esquerdismo; este, o comunismo.

Indispensável ainda notar a presença no quadro de uma mentalidade estatizante e intervencionista em amplas faixas do público. É um público que tem faixas inimigas da bandalheira e favorecedora da ordem pública; em tais casos, pode apoiar medidas contrárias à esquerda.

Rota diversa. Outro voto ideológico é o denominado, com muita amplitude, evangélico, em geral conservador em matéria moral. Tende a sufragar a chamada – por vezes de forma irônica, em outras até mesmo depreciativa, em outras simpática – bancada BBB, Boi, Bala, Bíblia, bancada ruralista, bancada defensora de maior segurança, bancada evangélica.

Ainda se deve ver como voto ideológico na mesma direção a crescente postura favorável à privatização, iniciativa privada, Estado menor. São agora impensáveis atitudes como a de Geraldo Alckmin em 2006 se deixando fotografar canhestra e ridiculamente com logos das estatais na jaqueta.

O quadro acima repercutirá profundamente em 7 de outubro. E, tudo o indica, também nas próximas eleições. São fenômenos por demais enraizados para acabarem da noite para o dia. Falei de realidades no curto prazo, a seguir voltarei atenções para o longo prazo.

Viremos o disco. No longo prazo, tem razão o pessoal lembrado acima, a situação da opinião pública no Brasil não muda de chofre e enquanto persistir a presente cultura, não nos assiste o direito de prognosticar dias melhores.

Entramos na parte mais importante desta matéria, que coincide com seu final. Veremos abaixo, simples assim, apenas o revigoramento do que nossa cultura tem de melhor, pode garantir futuro de grandeza cristã para o Brasil.

(Não é desvio). Amigo muito caro, hispano, olhar fino e objetivo, conhecedor do Brasil, dias atrás quis falar comigo sobre aspectos de nossa cultura. Por que lhe interessa a conversa? Entre outros motivos, percebe, quem sabe com inteira clareza, o debate do tema lhe pode aperfeiçoar a alma, aspiração nobre. Assoma aqui aspecto importante, a universalidade da cultura brasileira (de fato, de qualquer cultura, umas mais, outras menos). Compreendê-la bem, enriquece, torna mais saudável e viva a própria cultura.

(Volto). Não tratarei das várias acepções de cultura. Só de uma, sua acepção mais ampla. André Malraux tem definição à altura do gênio francês; “la culture est l'héritage de la noblesse du monde” – a cultura é a herança da nobreza do mundo. Assim, a cultura é a herança perene de tudo o que é nobre em um país. No caso nosso, é cultura brasileira todo o acervo do que foi nobre no Brasil. Compete a nós preservá-lo, aperfeiçoá-lo, reclama aprimoramentos de alto a baixo em todas as condições sociais.

A narrativa ganhará luz caso, a respeito do conceito de cultura, contemplarmos faíscas do professor Plinio Corrêa de Oliveira em conferência de 13 de novembro de 1954 no Seminário Central de São Leopoldo:

“No âmago da noção de aprimoramento, está a ideia de que todo homem tem em seu espírito qualidades susceptíveis de desenvolvimento e defeitos passíveis de repressão. Significa crescimento do que é bom, poda do que é mau. A reflexão é o primeiro dos meios dessa ação positiva. Contudo, a mera reflexão não basta. O homem não é puro espírito. Por uma afinidade que não é apenas convencional, existe um nexo entre as realidades superiores que ele considera com a inteligência, e as cores, os sons, as formas, os perfumes que atinge pelos sentidos. O esforço cultural só é completo quando o homem embebe todo o seu ser, por estas vias sensíveis, dos valores que sua inteligência considerou. O canto, a poesia, a arte têm exatamente este fim. E é por um acurado e superior convívio com o belo, que a alma se embebe inteiramente da verdade e do bem”.

Continua Plinio Corrêa de Oliveira: “É bem de ver que a cultura, assim conceituada, deve ser nutrida pela seiva doutrinária da Religião verdadeira. Só da atmosfera espiritual criada pelo convívio de almas profundamente católicas pode nascer a cultura perfeita”.

Falei de realidades imediatas, depois elevei o olhar, tratei a questão sob o prisma do longo prazo. Acabou o espaço, não dá para entrar em características da cultura brasileira. Ficam para outro dia. O título do artigo poderia ser: Sem cultura autêntica, nada feito. Ou, mais preciso: Sem cultura verdadeira, pouca coisa a fazer.



sexta-feira, 8 de junho de 2018

Colômbia: democracia ou totalitarismo?



Segundo turno eleitoral na Colômbia: 

democracia ou totalitarismo




Eugenio Trujillo *

No próximo dia 17 de junho haverá o segundo turno das eleições presidenciais na Colômbia. A disputa será entre os dois candidatos mais votados na primeira rodada do dia 27 de maio último: Ivan Duque, líder de uma coalizão de partidos de centro-direita que obteve 39% (7,5 milhões de votos), e Gustavo Petro, da extrema-esquerda, que obteve 25% (4,8 milhões de votos).

Pela primeira vez na história recente da Colômbia temos uma eleição presidencial com candidatos radicalmente opostos em sua concepção do Estado. 

O que deve ser decidido é se os colombianos vão optar por continuar em uma democracia com todos os seus defeitos caso escolham Ivan Duque, ou se preferirão jogar-se no vazio da revolução totalitária se escolherem Gustavo Petro. Para entender em profundidade o que está em jogo, vejamos a essência das duas opções:

A proposta de Gustavo Petro

Petro, com profundas origens marxistas que ele nunca escondeu, foi um dos fundadores do M-19 em sua juventude. 

Fazia parte do comando dessa organização terrorista quando esta perpetrou a sangrenta ocupação do Palácio da Justiça em 1985, mas não chegou a participar desse crime horrendo porque o prenderam alguns dias antes por ter sido um dos os arquitetos do roubo de uma grande quantidade de armas de uma guarnição militar. 

Ele foi anistiado e perdoado em um dos numerosos processos de paz do passado e tornou-se proeminente político da extrema esquerda.

Se eleito, prometeu convocar uma Assembleia Constituinte para transformar a seu bel-prazer todas as instituições do país, e assim impor a toda a Colômbia o desacreditado Acordo com as FARC. 

Suas propostas econômicas estão voltadas para a supressão da mineração em grande escala, que acabaria com a produção de petróleo, gás, carvão e níquel, que são a espinha dorsal da economia colombiana. 

Promete uma reforma agrária socialista e confiscatória, ameaçando expropriar as terras dedicadas às plantações de cana-de-açúcar e palmeiras africanas, e em geral as de todas as empresas agrícolas, para distribuí-las entre a população camponesa. 

Ele proclamou que fará uma revolução bolivariana na Colômbia, no estilo de seus amigos venezuelanos, Chávez e Maduro, e que conduzirá nosso país pelos caminhos do socialismo de Estado.

Tais absurdos não resistem a nenhuma análise econômica séria e cabem somente na cabeça de comunistas, cujo principal objetivo econômico é estender e impor a miséria tanto quanto lhes for possível. Nada mais sabem fazer. 

Para isso, o primeiro passo é desmantelar a estrutura produtiva do País, como fizeram em Cuba, Nicarágua, Venezuela e Coreia do Norte. Quando a maioria da população estiver sido reduzida à miséria, os governantes se tornam ditadores e quase ninguém é capaz de confrontá-los, uma vez que permanecem indefinidamente no poder. 

Tanto os que podem fugir aterrorizados quanto os que permanecem se tornam uma massa amorfa sem voz nem voto, sofrendo as consequências infames e subumanas do socialismo, mil vezes fracassado onde quer que se tenha implantado.

Além disso, no plano moral, promete generalizar o aborto e promover a agenda das minorias homossexuais, o que contribui para o colapso da família. Em síntese, os princípios marxistas definem seu programa como candidato presidencial.

A proposta de Ivan Duque

O contendor dessa proposta aterrorizante é o candidato Duque, que foi o indiscutível vencedor da primeira rodada eleitoral. Sua candidatura nasceu da articulação de todos os opositores ao plebiscito que rejeitou o “Acordo de Paz” com as FARC, realizado em outubro de 2016. Essa enorme coalizão, que liga o centro e a direita, estava depurando desde então a escolha de seu candidato. Primeiro através de pesquisas internas e posteriormente por meio de consulta popular, até que Duque foi escolhido.

Sua proposta fundamental tem dois aspectos: apoiar a propriedade privada e a economia de livre empresa como única alternativa para promover o desenvolvimento saudável do País, mas também regulamentar o alcance dos Acordos com as FARC que, se forem aplicados ao pé da letra, arruinarão a Colômbia.

Esta profunda rejeição da opinião colombiana ao Acordo com as FARC foi a responsável por catapultar Duque para o lugar onde ele se encontra. Sua principal base eleitoral está em todos aqueles que votaram pelo NÃO no último plebiscito, agora muitos mais numerosos do que então por verem a contínua zombaria do grupo guerrilheiro aos pactos de Havana.

*  *  *
No entanto, poucos dias antes das eleições um fenômeno inimaginável começou a se produzir em ambos os candidatos. Como camaleões, eles se lançaram à conquista dos eleitores indecisos e dos que votaram em outros candidatos que não foram para o segundo turno.

Petro inverteu seu discurso de extrema esquerda. Decidiu de um momento para outro que não convocará nenhuma assembleia constituinte, não expropriará os grandes complexos agrícolas, não desmantelará a indústria de petróleo e a mineração, não quer mais uma revolução socialista na Colômbia e não foi amigo de Chávez nem de Maduro. 

Podemos acreditar em sua nova e inesperada retórica, se há 30 anos ele tem proclamado exatamente o oposto? É como um lobo feroz que esconde suas presas, oculta suas garras, disfarça sua cauda e se enrola em uma pele de cordeiro para mostrar-se inofensivo ao público no momento culminante das decisões.

Mas, por outro lado, causa perplexidade que também o candidato Duque mudou seu discurso procurando o favor do mesmo eleitorado indeciso. Agora não se mostra contrário aos acordos com as FARC, diz que os respeitará, e não mais se apresenta como porta-voz da vitória no plebiscito, mas propõe uma convergência inaceitável com os defensores do Acordo. 

Erro tremendo, que lhe pode custar muito caro! Pois, mesmo que ganhe as eleições, o que é o mais provável, começará a perder muito cedo o apoio que o levará à presidência.

Colômbia não será a Venezuela

A Colômbia está muito consciente da situação trágica da Venezuela, onde um demagogo marxista com o apoio desenfreado da multinacional comunista do Fórum de São Paulo tomou há 20 anos o poder, desencadeando uma das maiores catástrofes humanitárias do nosso tempo. 

Em consequência, a imposição do socialismo do século XXI levou uma das nações mais ricas da América Latina à miséria mais abjeta, produzindo um êxodo em massa de venezuelanos em condições miseráveis, do que somos testemunhas em todas e cada uma das ruas de nossa Pátria.

Será que nós, colombianos, vamos escolher o caminho da Venezuela nas próximas eleições? Peçamos a Deus e à Santíssima Virgem que o senso comum prevaleça e que isso não seja possível. 

E que os promotores daquilo que seria um grande desastre para a nossa Pátria sejam derrotados de maneira contundente e inequívoca, de tal modo que nem agora nem o futuro haja espaço para suas propostas malignas, antinaturais e díspares que só levam à destruição do País.

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(*) Diretor da Sociedad Colombiana Tradición y Acción


sábado, 2 de junho de 2018

OAB: abra a caixa! Abra! Abra!



Júlio Marcelo de Oliveira defende abrir a caixa da OAB

Júlio Marcelo de Oliveira, procurador do Ministério Público de Contas junto ao TCU, em artigo na Folha, defende que a OAB, como qualquer outra instituição da República, preste contas ao tribunal.
“Todos os conselhos profissionais prestam contas, menos a OAB. Como eles, a OAB exerce poder estatal de polícia, fiscalizando e determinando quem pode ou não advogar, assim como o CFM fiscaliza o exercício da medicina e determina quem pode ou não atuar como médico. Também o CFM pode propor ADI perante o STF e também é guardião de valores fundamentais como a vida e a saúde; nem por isso, deixa de prestar contas das anuidades cobradas de todos os médicos (…).
Curioso é que, quando se trata de usufruir de privilégios próprios da administração pública, a OAB não se faz de rogada. Acha ótimo gozar de imunidade tributária e considera perfeito usar a Justiça Federal para cobrar inadimplentes de anuidades cujos valores ela mesma estabelece e impõe, graças à parcela de poder estatal que lhe é confiada. Para ela, tudo isso pode. Só prestar contas é que não pode (…).

Pelo contrário, em razão mesmo de sua posição institucional, da respeitabilidade inconteste, da missão de defesa da República e da ordem jurídica, a OAB, em vez de lutar pelo privilégio odioso de não prestar contas, deveria dar exemplo, fazendo questão não só de prestar contas ao TCU, como também de divulgar na internet, detalhadamente, todos os seus gastos. República é isso!”
Fonte: O Antagonista

sexta-feira, 1 de junho de 2018

Tudo que o governo faz de bom é mal feito, e tudo o que faz de ruim é bem feito




A Petrobras precisa ser privatizada


A Petrobras precisa ser privatizada e perder o monopólio de facto.

Repetindo: a Petrobras precisa ser privatizada e perder o monopólio de facto.

Outra vez: a Petrobras precisa ser privatizada e perder o monopólio de facto.



Fonte: O Antagonista

Saudade de Dilma...



Saudade de Dilma
A Época dedicou uma longa reportagem aos manifestantes que bateram panelas pelo impeachment de Dilma Rousseff e que agora se dizem arrependidos.
E um professor da USP, em outra matéria, comentou:
“Quando a crise política se instalou e a remoção de Dilma foi posta como alternativa, muitos de nós, analistas políticos, alertamos que o remédio seria pior que a doença e que a solução poderia desencadear uma crise institucional e abalar as bases do próprio regime democrático. Penso que acertamos nessa previsão.”
A Época está com saudade de Dilma Rousseff.
Deve estar com saudade também do tempo em que ainda era uma revista, e não um encarte.


Fonte: O Antagonista