segunda-feira, 22 de julho de 2019

Mais responsabilidade



Presidente cobra 'mais responsabilidade' na 

divulgação dos números

      

BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro (PSL) questionou novamente nesta segunda-feira, 22, a divulgação de dados do monitoramento de desmatamento pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). 

Segundo ele, os números são "exagerados" e é necessário ter "mais responsabilidade" em torná-los públicos. Ele sugeriu que os dados sejam embargados antes de serem divulgados para ele "não ser pego de calças curtas".

“Pode divulgar os dados, mas tem de passar para as autoridades, até para não ser surpreendido. Eu não posso ser surpreendido por uma informação tão importante como essa daí. Eu não posso ser pego de calças curtas. As informações têm de chegar ao nosso conhecimento de modo que a gente possa tomar decisões precisas em cima dessas informações e não ser surpreendido”, afirmou ao ser questionado sobre se ele pretende não mais apresentar os dados.

Bolsonaro vem questionando desde sexta-feira números que mostram que o desmatamento da Amazônia disparou nos últimos meses. Em junho, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a alta foi de cerca de 90% de acordo com alertas de desmatamento feitos pelo sistema Deter, do Inpe. Em julho, até sábado, a alta já era de 111% em relação a julho do ano passado. Em café da manhã com a imprensa estrangeira, ele falou que os números eram mentirosos e que o diretor do Inpe, Ricardo Galvão, estaria "a serviço de alguma ONG".

"Quando o Inpe detecta um número qualquer, tem de subir esses dados para o ministro Marcos Pontes, da Ciência e Tecnologia, antes passando pelo Ibama, antes de divulgar. Não pode ir na ponta da linha alguém simplesmente divulgar esses dados. Porque pode haver algum equívoco. Pode. E nesse caso, como divulgou, há um enorme estrago para o Brasil. A questão ambiental, o mundo todo leva em conta", disse nesta segunda-feira, referindo-se ao Mercosul e a acordos bilaterais.

"O chefe do Inpe será ouvido pelos ministros, para conversar com ele para que isso não continue acontecendo", disse. "É o mesmo que um cabo passar uma notícia sem passar pelo capitão, coronel ou brigadeiro. Não está certo isso aí."

Bolsonaro questionou a interpretação dos dados. "Quando você pega os dados, a pessoa conduz para aquele lado", afirmou. "São (informações) exageradas, em sendo exageradas, você pode adjetivar da maneira que você achar melhor", respondeu quando questionado se mantinha a visão de que os números são mentirosos.

Mais cedo, nesta segunda, o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, manifestou-se e disse que compartilha a "estranheza" de Bolsonaro quanto à variação dos dados e pediu um "relatório técnico completo”"sobre os últimos dois anos de análises. Também afirmou que vai cobrar um posicionamento de Ricardo Galvão.

"Com relação aos dados de desmatamento produzidos pelo Inpe, organização pelo qual tenho grande apreço, entendo e compartilho a estranheza expressa pelo nosso presidente Bolsonaro quanto à variação porcentual dos últimos resultados na série histórica”, escreveu o ministro, em nota divulgada pela pasta.

Na última sexta-feira, Bolsonaro, em café da manhã com jornalistas estrangeiros, disse que os dados que mostram aumento da perda da floresta em junho e neste início de julho são mentirosos. Ele também insinuou que o diretor do Inpe, Ricardo Galvão, esteja "a serviço de alguma ONG (organização não governamental)". 


Bruno Moura e Rebeca Ramos, especiais para o Estado

22 de julho de 2019 | 

sábado, 20 de julho de 2019

Resistência ao Sínodo da Amazônia


Sem Medo da VerdadeBoletim Eletrônico de Atualidades - N° 370 - 20/07/2019
www.paznocampo.org.br


Caso não esteja visualizando o texto deste boletim, acesse através do endereço
http://www.paznocampo.org.br/boletim

Mensagem da Associação Pan-Amazonia ao Papa sobre o Sínodo Amazônico


PanAmazônia envia carta ao Papa Francisco sobre o Sínodo da Amazônia.

Por deliberação de seu Conselho Diretor, a Associação PanAmazônia, endereçou carta aberta ao Papa Francisco, na qual manifesta preocupação com o encaminhamento do Sínodo da Amazônia. No texto, solicita-se ao Sumo Pontífice que aproveite esta próxima assembleia de bispos para reavaliar a visão da Igreja sobre os verdadeiros problemas da Amazônia, com especial atenção para a inércia econômica, que condena milhões de amazônidas a uma vida de profunda precariedade material. Pede-se, ainda, que não se permita deixar que se use a Igreja para a promoção de interesses antagônicos às aspirações mais genuínas das populações amazônicas à prosperidade e à esperança de uma vida com o mínimo de dignidade.

Segue, abaixo, texto da referida carta.

Manaus, 11 de julho de 2019 .

A Sua Santidade
Papa Francisco
Palácio Apostólico
Cidade do Vaticano



Santíssimo Padre,

Sua liderança mundial é inconteste. De muito serviria para ajudar os povos da Amazônia. Os 40 milhões de pessoas que habitam a região continental, espraiada no território nacional de nove países, enfrentam terríveis obstáculos para alcançar uma vida minimamente digna. Na imensidão da floresta e nas margens de milhares de rios, vive-se uma vida de sofrimento e desesperança.

A principal razão da tragédia socioambiental a qual estão submetidos os amazônidas é a inércia econômica. Na Amazônia, com mais de oito milhões d e km2, quase não há atividade econômica, consequentemente, não há emprego nem renda para as famílias. Nas cidades amazônicas, imperam a pobreza, a violência, as doenças. Nas comunidades isoladas na floresta, domina o total abandono das pessoas à própria sorte. Uma vida sem alento da qual não parece haver saída.

Em parte, essa apatia econômica, que destrói a vida de milhões de pessoas e lhes nega qualquer esperança, deve-se à ideologia ambiental e à pressão de organizações não governamentais e de governos dos países desenvolvidos. Nas últimas três décadas, impuseram-nos suas agendas e seus interesses espúrios, contaminando a legislação nacional dos países amazônicos e promovendo a desinformação da opinião pública. Esse processo deixa as populações da Amazônia de mãos atadas. Uma terrível covardia.

A Igreja não pode unir-se a essas forças. Ao contrário, deveria usar sua influência para apoiar o desenvolvimento socioeconômico da Amazônia e aliviar o sofrimento de seus povos.

Nesse sentido, o Sínodo da Amazônia pode ser uma oportunidade para a Igreja ajustar sua visão sobre os temas, verdadeiramente, importantes para as populações amazônicas, entre os quais, a imperiosa necessidade de promover a prosperidade econômica, a qual, inclusive, é indispensável para a solução da degradação ambiental dos biomas da região. Sem prosperidade, não há esperança nem para o homem nem para a floresta.

A Igreja merece nosso reconhecimento pelo valoroso trabalho que sempre tem realizado em apoio às populações desassistidas da Amazônia. Assim como a assistência aos necessitados, a Amazônia necessita também de liberdade e de invest imentos. Respeitosamente, tomo a liberdade de sugerir que se peça aos católicos do mundo todo que invistam na Amazônia, que visitem a Amazônia.

Contribua, com sua liderança, para a ativação da economia da região, não permitindo, Sua Santidade, que movimentos ambientalistas, que interesses econômicos dos países desenvolvidos, que ideologias políticas turvem a visão da Igreja. Não permita que o Sínodo da Amazônia se transforme em mais uma arma nas mãos dos algozes dos povos da Amazônia, homens e mulheres humildes que só desejam poder ter a esperança de oferecer uma vida melhor a seus filhos.Rogo-lhe que não veja esta carta como uma crítica prematura de um evento ainda a realizar-se, mas como um sincero pedido de avaliação do encaminhamento do futuro Sínodo.

Despeço-me com a expressão do mais profundo respeit o e mais elevada estima.

Atenciosamente,

Belisário Arce
Diretor Executivo da Associação PanAmazônia
Por uma Amazônia Altiva, Integrada e Forte!


--
Belisário Arce,

Diretor Executivo,

PanAmazônia - Por uma Amazônia altiva, integrada e forte!

Cel: +(55 92) 98445-7438

Tel: +(55 92) 3347-9240

Facebook.com/panamazonia

Travessa Visconde de Porto Seguro, 19, Parque das Laranjeiras, Manaus - AM - Brasil

Fonte: diplomatizzando.blogspot.com

quarta-feira, 17 de julho de 2019

Produtores protegem o meio ambiente




Dados oficiais comprovam que produtores protegem o meio ambiente

Durante evento que aconteceu em Tocantins, a Embrapa Territorial apresentou dados chancelados pela Nasa para mostrar que o agronegócio brasileiro é responsável e sustentável

Por Daniel Popov, de São Paulo

Produtores rurais brasileiros preservam mais de 219 milhões de hectares em suas propriedades, o que corresponde a um valor em área de R$ 2,3 trilhões, apontou o supervisor do Grupo de Gestão Territorial Estratégica da Embrapa Territorial, Gustavo Spadotti Amaral Castro, em palestra durante seminário: 

“Soja Responsável – Produzindo Com Sustentabilidade Ambiental” realizado na segunda-feira, dia 15, na Assembleia Legislativa do Estado, em Palmas (TO).
A entidade ainda destacou que dos 51.576.705 de hectares no Brasil, 66,3% é dedicado a áreas de preservação e proteção de vegetação nativa, terras devolutas e imóveis não cadastrados.

Estes entre os muitos dados apresentados pelo supervisor, chancelados por um estudo da agência espacial norte-americana, a Nasa, comprovam que as críticas relacionadas aos agricultores sobre a preservação do meio ambiente no país são infundadas, afirma a Aprosoja.

“Nós somos produtores e protetores do meio ambiente. Além de ser economicamente viável, a soja é social. Melhora a vida das pessoas. O IDH onde não havia produção era baixo. Hoje, desenvolveu”, afirma o presidente da Aprosoja Brasil, Bartolomeu Braz.

Durante sua explanação, Braz ainda criticou as organizações não-governamentais e empresas que tentam denegrir a imagem dos produtores brasileiros. “Estamos abertos ao debate. 

Somos um exemplo para o mundo. Os europeus não têm condição de falar nada de nós. Eles têm que nos valorizar. “A Embrapa mostrou os dados. Isso é ciência, não é informação vaga. É dado da Embrapa e da Nasa”, complementa.

Tocantins

Em seu pronunciamento, o presidente da Aprosoja Tocantins, Maurício Buffon, reafirmou que os produtores atuam dentro da legalidade e respeitam o Código Florestal Brasileiro. “O agro atua dentro da legalidade. Os números provam que os produtores destinam milhares de recursos para preservar. Respeitamos a legislação vigente preservando 35% da área de produção nas propriedades. Isso mostra a responsabilidade ambiental para o desenvolvimento do agronegócio sustentável”, afirma Buffon.

Após assistir a palestra do membro da Embrapa, o secretário de Agricultura do Tocantins, César Halum, reforçou a tese de defesa dos produtores. “Esses números encorajam o produtor. Ao conhecermos os números, temos a capacidade de argumentar e convencer. São dados enriquecedores para todos da cadeia produtiva”, afirmou.

Segundo ele, o Estado deve produzir 4,7 milhões de toneladas de grãos nesta safra e que nos últimos 30 anos o Tocantins registrou crescimento de 560% na área plantada de soja e 760% na produção. 

“Estes números mostram o potencial de crescimento, agora necessitamos industrializar a soja no Tocantins, visando melhor arrecadação e geração de emprego no Tocantins”, disse. “Aqui respeitamos a legislação que já é rígida. Nosso desafio é produzir e preservar”, completou.



Asprosoja