quarta-feira, 3 de junho de 2015

Fernando Henrique e Lula, amigos para sempre.


Um capítulo da história recente






Estamos vivendo um momento histórico. Voltamos àquelas antigas reuniões do CEBRAP, quando um sociólogo e cientista político da USP chamou para um cafezinho o líder sindical dos metalúrgicos do ABC com um plano inovador para implantar o socialismo no Brasil.

"Esqueça a guerrilha", disse o sociólogo. "Se quisermos implantar o socialismo no Brasil, precisamos fingir que nos opomos, que somos contrários um ao outro. Quem não quiser votar em você, votará em mim, e vice-versa. No fim das contas, pensando que estão votando numa oposição, eles estarão sempre escolhendo o mesmo projeto".

Foi naquele dia que FHC e Lula se tornaram amigos para sempre. No abraço trocado, no aperto de mãos selado, estavam os próximos 30 anos da política no Brasil. Eles sabiam que, ao sair dali, precisavam fundar o PT e o PSDB, precisavam fazer nascer a esquerda da esquerda e a direita da esquerda, para que os brasileiros, no fim das contas, enganados, permanecessem sempre votando na esquerda. Foi o primeiro estelionato eleitoral de grandes proporções da nova democracia brasileira por nascer.

Hoje vivemos um momento histórico porque os dois inimigos fingidos precisaram novamente unir forças. O projeto de manter sempre a esquerda no poder pela estratégia de uma luta de mentirinha, acobertada por um acordo de cavalheiros, está falhando.

Há meses não se escuta uma palavra sequer dos petistas contra FHC. Há meses também FHC se esforça desesperadamente para salvar o PT e defender Dilma Rousseff do perigo do impeachment (defendê-la até contra a nova guarda de seu próprio Partido).

Os fingidos inimigos precisaram interromper o disfarce porque o seu projeto socialista de poder encontrou, novamente, um inimigo comum. Mas desta vez não são os militares; desta vez é uma força maior e inabalável: todo o povo brasileiro.

O abraço de FHC e Lula décadas atrás é o mesmo abraço de hoje.

E é com este abraço que, entre idiotas úteis confusos e crédulos naquela briga disfarçada, ambos se afogarão na fúria inevitável do turbilhão popular.

Juntos. Como tudo começou.

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