quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Limitação da propriedade rural ou estupidez? (II)

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Produtor familiar e produtor empresarial


Helio Brambilla
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Os dados que citei no post anterior desmerecem outros produtores menores? – Absolutamente não!
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O professor Marcos Fava Neves (FEA/USP – Campus Ribeirão Preto), em artigo para a Folha de São Paulo (25/09/2010), desmente com maestria os que querem contrapor o produtor familiar ao empresarial, sobretudo no “vale tudo” dos programas eleitorais.
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Comenta: “É importante que essas lideranças que criticam o agronegócio entendam que esse conceito foi criado em 1957 nos Estados Unidos (apenas em 1990 no Brasil) para dar o caráter de integração a agricultura".
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"Agricultura integrada com o comércio, com a indústria, com os serviços, com as pesquisas, com os insumos e com os produtores. Na definição, não existe a palavra ‘tamanho’. É preciso entender que agronegócio não significa algo grande e sim algo ‘integrado’”.
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É voz corrente que com a posse de 20 hectares um produtor no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul ganha mais com a avicultura ou com a suinocultura integrada a uma cooperativa ou às grandes processadoras de carne.
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Eles possuem um padrão de vida bem melhor que os pequenos e médios fazendeiros do centro-oeste.
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Falando recentemente para um seleto auditório em São Paulo, a senadora Kátia Abreu, presidente da CNA, apresentou estatística mostrando que dos cinco milhões de proprietários rurais brasileiros, 1.500.000 produzem 70%, 2.500.000 produzem 6% e 1.000.000 produzem os restantes 24%.
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Os primeiros não são apenas proprietários de grandes extensões de terras, mas pequenos e médios produtores integrados ao agronegócio. Proporcionalmente eles produzem mais que os grandes proprietários.
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Os 2.500.000 seguintes são os que mantêm apenas uma chácara de lazer ou um pequeno sítio com um casal de aposentados. Somam-se a estes mais de 1 milhão de assentados da Reforma Agrária vivendo nas suas “favelas rurais”, à custa dos programas sociais do governo federal, onde apenas alguns poucos prosperam.
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Os terceiros são os produtores “marcha lenta”, que trabalham sem maiores pretensões que ter uma vida digna, tranqüila, produzindo, mas em menor escala.
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A propósito desse igualitarismo socialista, cabe citar textualmente trecho do trabalho do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira condenando o projeto autogestionário do Partido Socialista francês, o que farei no post seguinte.
(Continua)
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