domingo, 11 de agosto de 2013

Feitiço se volta contra o feiticeiro


Ocupações atrasam 
Minha Casa Minha Vida



Após ser retirada de uma área de risco no Jardim Pantanal, na zona leste de São Paulo, e aguardar por mais de dois anos, a auxiliar de cobrança Jucilene Alves Gomes da Silva, de 27 anos, finalmente iria para a casa própria, pelo programa Minha Casa Minha Vida

A decepção veio na semana passada, quando descobriu que o prédio havia sido invadido.

Ela não está sozinha. Pelo menos 40 prédios e terrenos destinados à moradia popular foram invadidos desde a semana passada. 

O prefeito Fernando Haddad (PT) afirma que há uma ação “subterrânea” de um grupo orquestrando as ações. Em alguns casos, os prédios ocupados estavam prestes a ser entregues aos moradores.

“Doze empreendimentos da Caixa Econômica Federal que estão praticamente prontos foram invadidos e o próprio movimento (sem-teto) não reconhece legitimidade dessa prática, prejudicando pessoas que esperaram por anos”, disse Haddad.

De acordo com o prefeito, isso também acontece com terrenos públicos. “A gente tem publicado decreto de desapropriação. Tem alguém aí, que não tem caráter, lendo Diário Oficial. Sabe o que acontece? 

Organiza as pessoas para invadir o terreno que vamos desapropriar. Em vez de adiantar o processo, você atrasa”, afirma.

Heliópolis. Ontem, durante o anúncio da construção de 5 mil unidades habitacionais em Heliópolis, em um terreno de 420 mil m² que será comprado da Petrobrás, o prefeito pediu a moradores para impedirem que a área também seja invadida. 

Para que o projeto seja feito, ainda falta um laudo de descontaminação da área. O custo de construção das moradias será de R$ 350 milhões.

Fonte: Artur Rodrigues, in OESP, 3/8/13

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