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Assunto requentado
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A Procuradoria Regional da República da 1ª Região (PRR-1) denunciou o líder arrozeiro e prefeito de Pacaraima, Paulo César Quartiero (DEM), pelos crimes de seqüestro e cárcere privado, roubo e danos qualificados. Se condenado, a pena pode chegar a 21 anos. O caso será julgado pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).
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O Ministério Público Federal (MPF) acusa o prefeito de coordenar invasão à missão religiosa do Surumu, a 230 quilômetros de Boa Vista, no dia 6 de janeiro de 2004, em retaliação à demarcação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol.
O Ministério Público Federal (MPF) acusa o prefeito de coordenar invasão à missão religiosa do Surumu, a 230 quilômetros de Boa Vista, no dia 6 de janeiro de 2004, em retaliação à demarcação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol.
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Na época, várias pessoas invadiram o local, hoje transformado em escola indígena. Eles destruíram e subtraíram bens, ameaçaram religiosos, alunos e seqüestraram três padres.
Na época, várias pessoas invadiram o local, hoje transformado em escola indígena. Eles destruíram e subtraíram bens, ameaçaram religiosos, alunos e seqüestraram três padres.
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Também foram denunciados Francisco Roberto do Nascimento, ex-prefeito de Pacaraima, e os índios Genival Costa da Silva, Nelson Silvino e Sterfeson Barbosa de Souza. Eles não foram encontrados ontem para comentar a acusação.
Também foram denunciados Francisco Roberto do Nascimento, ex-prefeito de Pacaraima, e os índios Genival Costa da Silva, Nelson Silvino e Sterfeson Barbosa de Souza. Eles não foram encontrados ontem para comentar a acusação.
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Segundo a denúncia, a invasão ocorreu por volta de 3h da madrugada. O grupo teria agido por três horas e meia e levou em carros diferentes os religiosos Ronildo Pinto de França, Juan Carlos Martinez e César Alvallaneda. O seqüestro durou dois dias.
Segundo a denúncia, a invasão ocorreu por volta de 3h da madrugada. O grupo teria agido por três horas e meia e levou em carros diferentes os religiosos Ronildo Pinto de França, Juan Carlos Martinez e César Alvallaneda. O seqüestro durou dois dias.
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Quartiero nega as acusações e se diz vítima de perseguição do Ministério Público Federal. “Eu sou culpado por tudo que acontece em Boa Vista. Tenho uma coletânea de processos”, disse.
Para ele, o assunto é “requentado” e veio à tona por causa do julgamento da demarcação no Supremo. “Essa gente do MPF não tem o que fazer. Eu pago imposto para o governo me processar. Sou penalizado duplamente porque eles [o MPF] usam o dinheiro público e eu tenho que pagar advogado para me de defender”, reclamou.
O arrozeiro garante que a denúncia não lhe traz preocupações, tanto é que pretende ampliar a produção de arroz na Raposa Serra do Sol e introduzir semente de soja transgênica na reserva. Hoje ele cultiva 1.280 hectares do grão na fazenda Providência. “Vou triplicar a produção na próxima safra”, anuncia.
Folha de Boa Vista/Loide Gomes
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