terça-feira, 16 de novembro de 2010

Na agropecuária falta política e sobra ideologia

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O direito à propriedade é um só
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Em entrevista, a senadora Kátia Abreu afirmou que o PT perdeu em várias regiões onde o agronegócio é forte “porque tivemos a maior insegurança jurídica nesses 8 anos”.
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Ela ainda reclamou que falta estratégia para deixar o campo mais produtivo, apesar de “sobrar ideologia”.
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Fez questão de salientar que a CNA não é contraponto ao MST. “O contraponto ao MST é a Constituição.”
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Podemos discutir porque os assentamentos são tão pouco produtivos. O menor não é o melhor. Você precisa ter renda alta, você não transfere renda só com patrimônio.
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Fizemos um estudo com a FGV que demonstra que 70% do valor bruto da produção do País estão em 4,5% das propriedades rurais.
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Só que o Censo Agropecuário de 2006 demorou quatro anos para ser divulgado e, como o IBGE foi aparelhado, querem fazer crer que é a pequena propriedade a mais produtiva.
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A grande massa das propriedades rurais, 1,5 milhão delas no País, não tem renda nenhuma.
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Uma propriedade grande vai vender uma caixa de laranjas a US$ 3 porque teve acesso aos melhores defensivos, adubos, técnicas; a propriedade menor, no mesmo espaço, só vai conseguir vender essa caixa a US$ 5.
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O Brasil precisa importar 80% do gergelim que consome, produto de nicho, com margem alta de lucro. A pequena propriedade deveria se dedicar a esses nichos.
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Se você produz soja em 50 hectares, não tem lucro. Comida de pobre tem que ser produzida por quem tem muita terra; o pobre, se produzir comida de rico, lucra.
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Não pode persistir um direito à prioridade urbana, mas um não direito à propriedade rural. O direito à propriedade é um só, está na Constituição e tem de ser respeitado.
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Há concentração no setor de supermercados, de bancos, mas parece que só a grande propriedade rural é vilã.
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Fonte: FSP, 10/11/2010 - Raul Juste Lores e Catia Seabra
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