... AO Garantir 50% DO MERCADO MUNDIAL
Se São Pedro ajudar, em 2023 a safra de soja brasileira deverá representar quase 50% das exportações mundiais. O Brasil só não irá ultrapassar o atual maior produtor do grão, Estados Unidos, - abrindo grande vantagem e tornando-se o maior fornecedor mundial - se for atingido por uma quebra de safra ocasionada, por exemplo, por uma intempérie climática.
Os dados são do Outlook Fiesp 2023, estudo no qual a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo analisa o Agronegócio no Brasil e seus resultados para a próxima década.
Divulgado na manhã desta quarta-feira (16/09), o Outlook Fiesp 2023 examinou 18 commodities agropecuárias – entre elas, milho, carnes, lácteos, cana-de-açúcar, açúcar, etanol e complexo soja – e traçou projeções de consumo doméstico, produção, exportação, importação, estoques e área plantada, para o ano de 2023.
“Os resultados para os principais produtos mostram a urgente necessidade de se estabelecer políticas públicas que ofereçam sustentação e estímulo frente ao grande potencial produtivo do Brasil”, explica o presidente da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo, Paulo Skaf.
Isto porque o país precisa estar preparado para escoar toda produção do setor, como por exemplo, as 238 milhões de toneladas de grãos e as 32 milhões de toneladas de carnes previstas para 2023. “Se nossa estrutura atual já é insustentável, como será com um incremento de 30% na produção de grãos e 20% em carnes?”, questiona Skaf.
Ao avaliar a posição do Brasil frente à tendência de consumo internacional, o Outlook Fiesp 2023 também constatou que continuaremos sendo um país chave na oferta mundial de alimentos e ampliaremos a participação de mercado para a maior parte dos produtos avaliados.
O estudo, que será atualizado anualmente, traz ainda informações sobre importação e demanda de fertilizantes, dinâmica do uso da terra e consolidação das regiões produtoras.
Para acessar os resultados detalhados clique aqui, ou acesse a página www.fiesp.com.br/outlookfiesp.
Deagro
O agronegócio brasileiro é considerado um dos mais dinâmicos do mundo e representa, aproximadamente, 25% do PIB nacional. Para oferecer maior suporte às indústrias deste setor a Fiesp criou, em janeiro de 2007, o Departamento do Agronegócio (Deagro).
Formado por divisões que representam os elos do agronegócio nas quais atuam as indústrias - Insumos, Agroindústria e Comércio Exterior – o Deagro trabalha alinhado ao conceito de cadeias produtivas para proporcionar o máximo de integração entre as diversas áreas que compõem o setor.
Na Fiesp, o departamento representa trinta sindicatos e mais trinta entidades representativas nacionais e lida, constantemente, com questões como tributação na cadeia de alimentos, política agrícola, facilitação de comércio, sanidade e qualidade de alimentos e legislações ambientais.
Dentre as prioridades do Deagro, está a publicação de informações que ajudem na elaboração de análises do agronegócio no Brasil. Além deste Outlook Fiesp, o departamento já lançou estudos sobre o peso dos tributos nos alimentos, as tendências para o setor de alimentos, o “Brasil Food Trends 2020”, além do “Agronegócio Brasileiro: Características, Desempenho, Produtos e Mercados” e O Reuso da Água na Agroindústria.
O departamento produz, ainda, relatórios de acompanhamento da safra Brasil e mundo, além do comércio exterior e inflação de alimentos, com base nos dados oficiais disponibilizados. Semanalmente são avaliadas as tramitações dos Projetos de Lei na esfera Federal e Estadual que envolvem o setor.
As publicações na íntegra e outras informações sobre o departamento podem ser encontradas no sitewww.fiesp.com.br/agronegócio
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