Agronegócio e investimentos despencam e PIB
O PIB do Brasil
encolheu 0,5% no 3º trimestre deste ano ante os três meses imediatamente
anteriores. Pelo lado da oferta, o pior desempenho foi o da agropecuária, que
despencou 3,5% na mesma base de comparação.
Já indústria e serviços ficaram
praticamente estáveis, com leve alta de 0,1%. Já pela ótica da demanda, os
investimentos (denominados formação bruta de capital fixo) tiveram forte queda:
2,2%. Enquanto o consumo das famílias teve alta de 1% e o do governo
cresceu 1,2%.
A queda de 0,5% é o pior resultado, nessa base de comparação, desde o
primeiro trimestre de 2009, auge da crise financeira internacional. Naquela
ocasião, houve recuo de 1,6% no PIB, na margem.
O resultado também representa a primeira retração desde o primeiro
trimestre de 2009, segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).
A queda no terceiro trimestre ficou no piso das estimativas dos
analistas. Levantamento do serviço AE Projeções, daAgência Estado, com
47 instituições, previa recuo de 0,50% a uma expansão de 0,20% para o PIB
- com mediana de -0,20%.
Já na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, a economia teve
alta de 2,2%, sendo puxada pelo setor de serviços, que também teve
expansão de 2,2%. Já a indústria teve alta de 1,9% e a agropecuária recuou
1%.
Nesta base de comparação, os investimentos tiveram forte alta: 7,3%.
Enquanto os consumos das famílias e do governo cresceram, ambos, 2,3%. Em
valores correntes, o PIB do terceiro trimestre somou R$ 1,213 trilhão.
O resultado do terceiro trimestre já leva em consideração a Pesquisa
Mensal de Serviços (PMS), divulgada pela primeira vez em agosto.
Na visão dos economistas, como a representatividade do setor de serviços
está bem acima de 60% do PIB, a sondagem permite um retrato mais fiel da
economia. A PMS será incorporada ao cálculo do PIB do terceiro trimestre de
2013 em diante, com revisão dos dados desde 2012.
Fonte: Agência Estado e Economia & Negócios
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