“Facão virtual” quase mata engenheiro no Xingu Vivo
Paulo F. Rezende, engenheiro da Eletrobrás, foi ferido a golpes de facão por índios em Altamira (PA). Rezende participava do encontro Xingu Vivo para Sempre, e falou dos impactos da hidrelétrica de Belo Monte na região.
O motivo da agressão teria sido o fato de ele ter discordado do cientista, ambientalista e professor da UNICAMP Osvaldo Sevá, autor de livro contrário à hidrelétrica.
Os índios garantem que não agrediram o engenheiro, mas apenas se aproximaram dele, cantando e empunhando bordunas e facões.
Certamente, usaram apenas alguma pajelança ou mesmo facões virtuais, pois deixaram o engenheiro todo ensanguentado, a ponto de ter sido levado para o hospital. [Confira no UOL Notícias - Álbum de Fotos: Índios esfaqueiam engenheiro no Pará]
Na hora da confusão, havia 600 índios no salão e menos de dez policiais e duas equipes de TV estrangeira registraram o tumulto, enquanto o cacique do povo arara foi aplaudido ao recusar a barragem que ''vai trazer poluição, doença, miséria e vai acabar com os rios e com os peixes''.
Considerando o crescimento anual do consumo elétrico da ordem de 5%, o Brasil terá de acrescentar cerca de 4 mil MW de potência ao sistema por ano. Com os recursos no Sudeste já aproveitados, o que resta hoje, e não é pouco, está na região amazônica.
Mas, pelo visto, professores, intelectuais, partidos políticos de esquerda e a ala progressista da Igreja trabalham todos para que o povo brasileiro se transforme o quanto antes em “povo arara...”
Fonte: estadao.com.br 21/5/2008
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