quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Muito boa repercussão de nosso livro

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CÂMARA DOS DEPUTADOS
DETAQ SEM SUPERVISÃO
Sessão: 244.3.53
Data: 16/09/2009 // Hora: 14:14
Fase: Pequeno Expediente
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O SR. LAEL VARELLA (DEM-MG. Pronuncia o seguinte discurso.) Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, em Minas Gerais, estado ordeiro e trabalhador, os produtores rurais continuam muito perplexos e preocupados com as ameaças que pairam sobre a nossa agropecuária. Com efeito, a lista de ameaças cresce dia após dia: ameaça do MST, ameaça quilombola, ameaça indígena, ameaça ambientalista, ameaça dos índices de produtividade, além da ameaça feita a propósito da mentira do trabalho escravo.
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No que se refere à questão ambiental, as simples portarias vêm modificando a legislação o que, ipso facto, acaba transformando o respeitado produtor rural em criminoso, além de inviabilizar a sua produção caso a atual legislação não for modificada até o dia 11 de dezembro próximo.
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Já tive oportunidade de lembrar aqui o estudo da EMBRAPA que já aponta ter caído na ilegalidade os seguintes itens de produção rural, dentre os de maior impacto social e econômico no meu Estado: 1) grande parte da produção de nosso café; 2) idem, da nossa pecuária leiteira; 3) idem, da nossa cana de açúcar; 4) idem, das nossas áreas de reflorestamento; 5) idem, da nossa pecuária de corte.
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Infelizmente, isso não ocorre apenas em Minas Gerais, mas em todo o Brasil. Nesse sentido, recebi correspondência do Príncipe Bertrand de Orleans e Bragança, Coordenador Nacional de Paz no Campo, remetendo a obra AGROPECUÁRIA Atividade de alto risco, dos jornalistas Nelson Ramos Barretto e Paulo Henrique Chaves, livro este que expõe de maneira séria a preocupação de largos setores da sociedade brasileira diante das ameaças sobre a nossa agropecuária.
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Com linguagem clara e sem rodeios, os autores denunciam os perigos iminentes que pesam sobre os nossos produtores rurais, razão de o livro ter já alcançado grande repercussão e não menor preocupação junto à classe rural e aos formadores de opinião. A primeira edição de AGROPECUÁRIA Atividade de alto risco se esgotou em menos de dois meses.
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Dom Bertrand de Orleans e Bragança ressalta em sua carta que o AGROPECUARISTA brasileiro é um verdadeiro herói!
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Ele produz:
· 80% de todo o suco de laranja do mundo
· 40% de todo o café
· 40% do açúcar exportado em todo o mundo
· 500 mil barris de etanol (equivalente) por dia.
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Ele fez o Brasil tornar-se:
· Criador do maior rebanho bovino do mundo
· O maior exportador de soja
· O maior exportador de carne bovina e de frangos
· O segundo maior exportador de grãos...... e, apesar disso tudo, ele é tachado de vigarista!
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De acordo com o mesmo estudo da Embrapa já citado, em decorrência de várias portarias e decretos relacionados com as leis que regem a agropecuária, mais de 70% das terras ficarão engessadas para a produção. E corremos o risco, Sr. Presidente, de passarmos num futuro próximo de exportador de alimentos a importador, exatamente no momento em que o mundo mais precisa de nossa produção.
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Os produtores rurais brasileiros vivem dias de grande apreensão. Diferentemente dos países de economia mais desenvolvida, como Estados Unidos, Austrália, Alemanha, França e Inglaterra, em que a atividade agropecuária éestimulada, no Brasil vêm se criando dificuldades que só fazem aumentar a já natural incerteza do negócio rural que depende do clima e dos mercados.
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Exemplo de tal perseguição são as leis ambientais brasileiras que criminalizam o produtor sem nenhuma base científica. Na verdade, nossas leis ambientais são tão absurdas que não se encontram similares em outros países agrícolas.
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O Coordenador Nacional de Paz no Campo adverte que embora a obra AGROPECUÁRIA Atividade de alto risco diga respeito primordialmente aos problemas do meio rural, sua leitura interessará com certeza ao público urbano. Este sabe muito bem que qualquer resultado das atividades do campo, para melhor como para pior, terá reflexo imediato na cidade, e, sobretudo à sua mesa. E pelo que se tem observado, existe muita desinformação entre os citadinos no tocante às questões rurais.
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Sr. Presidente, Dom Bertrand de Orleans e Bragança termina mostrando que a Campanha Paz no Campo não tem ilusão quanta às ameaças. Hoje são os homens do campo, mas amanhã elas atingirão os habitantes da cidade! Afinal, elas decorrem de uma filosofia e de uma ideologia socialistas que levarão a miséria ao campo e à cidade.
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Praza a Deus que isso não ocorra dependerá também de nós legisladores para que o Brasil continue sendo o berço digno de nossos filhos e netos.
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Tenho dito.
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