"Inimigo do povo" na China da Revolução Cultural admite seu erro... hoje, age como o Ministério Público xde Pernambuco
Ditadura maoísta imposta pelo MP
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em Pernambuco de 2011!
x x x Ocorreria a alguma democracia do mundo punir um indivíduo ou uma associação por exprimir um ponto de vista sobre uma luta de caráter político?
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- Não! Isso é coisa de ditaduras. Leiam o que vai abaixo. Volto em seguida:
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Por Angela Lacerda, da Agência Estado:
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“Reforma agrária - esperança para o campo, comida na sua mesa”.
A afirmação, tendo como fundo fotos de trabalhadores cultivando a terra, ilustra 20 outdoors que foram afixados hoje em avenidas de Recife e região metropolitana e rodovias estaduais, como forma de retratação da Associação dos Militares do Estado de Pernambuco (AME) e da empresa Stampa que, em 2006, foram responsáveis pela veiculação de outro tipo de outdoor. Eles diziam: “Sem-terra: sem lei, sem respeito e sem qualquer limite. Como tudo isso vai parar?”.
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A atitude, considerada preconceituosa, difamatória e de criminalização dos trabalhadores sem-terra, provocou a reação de entidades de defesa dos direitos humanos que recorreram ao Ministério Público do Estado de Pernambuco visando a impedir a continuação da campanha e a buscar uma punição.
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O MP fez a mediação e o resultado foi um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), no qual ficou acordado a veiculação dos outdoors favoráveis à reforma agrária e de reconhecimento à luta dos trabalhadores por acesso à terra.
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Além dos outdoors, que permanecerão expostos por duas semanas, a AME também irá publicar em seu site e em um jornal corporativo uma nota de desagravo redigida pelas entidades de direitos humanos.
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“É uma reparação importante para a cidadania dos trabalhadores que lutam por justiça e ajudam a colocar alimento na nossa mesa”, comemorou Manoel Morais, da coordenação executiva do Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares (Gajop) - uma das entidades signatárias do desagravo, ao destacar o “ineditismo” da decisão do MP, que considerou “histórica”.
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Comento:
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É claro que se trata de uma violência, sim! Contra a associação! Um movimento que fez o quem na Cutrale ou na Aracruz é ou não “sem lei, sem respeito e sem qualquer limite”?
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Uma associação está proibida de emitir seu ponto de vista sobre uma agenda política, claramente ideológica, como é a do MST?
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A única postura possível, nesse caso, é concordar com o sr. João Pedro Stedile? É o fim da picada!
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Quanto ao cartaz de agora, se tivemos os fatos como referência, será preciso dizer: o que leva comida ao prato dos brasileiros é o agronegócio.
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Aliás, leva comida até ao MST, que recebe cestas básicas do governo: verdade ou mentira? Eis aí: o ministro Ayres Britto talvez dissesse que estamos diante de um caso em que o “direito individual não pode esvaziar o direito coletivo”.
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Nesse caso, o suposto direito coletivo esvazia o individual, não? Digo que é “suposto” porque o MST é um grupamento de caráter político. Eles representam uma leitura da questão agrária no país, não “a” questão agrária.
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O que se viu acima é coisa típica dos tempos da revolução cultural maoísta, quando os “inimigos do povo” eram obrigados a se ajoelhar em praça pública, portando cartazes em que confessavam seus crimes ideológicos.
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É o fim da picada! Creio que a tal associação não decidiu levar a coisa adiante! Duvido que uma aberração como essa passasse pela maioria do Supremo - ainda que o tribunal já tenha sido tocado pelo populismo.
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Fonte: Reinaldo Azevedo -- 29/03/2011
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