Jovens questionam Rio+20
Pode
parecer que a Rio+20 constitui unanimidade. Entretanto, não é o que se vê nas ruas do Rio de Janeiro e também no mundo virtual.
No
momento em que se aproxima o início da conferência das Nações Unidas para sustentabilidade, jovens brasileiros dizem sentir-se ameaçados por uma campanha
criminosa para congelar a produção.
É possível encontrá-los pelas ruas
do Rio de Janeiro, nas imediações dos eventos paralelos à Rio+20 e ainda pelos
corredores das câmaras legislativas e universidades.
Munidos
de folhetos e dispostos a conversar, rapazes e moças abordam os passantes com o
intuito de denunciar o que para eles constitui a maior ameaça para o futuro: a
deficiência alimentar de 1 bilhão de pessoas, segundo a própria ONU.
Eles afirmam que o Brasil terá de cumprir sua missão histórica de prover alimentos saudáveis a
preços acessíveis às outras nações.
“Já exportamos alimentos para cerca de 180
países e podemos fazer mais," diz Paulo Roberto, voluntário da campanha.
Para Paulo,
o interesse do Brasil e do mundo é o aumento da produção rural e urbana.
Segundo ele, a ecologia radical comete um crime ao tentar impedir a produção de
riqueza no mundo.
"O chamado crime ecológico não é do produtor rural." Paulo Roberto cita pensadores e ambientalistas para mostrar que eles partem da utopia de que
só o extrativismo-tribal bastaria para alimentar, vestir e saciar a humanidade.
Ilustrado
e com seis páginas, o folheto distribuído pelos jovens - "Sobre
o ambientalismo, você sabia que..." - salienta que dos 8,5 milhões de Km2 do território
brasileiro, apenas, 2,1 milhões são utilizados por áreas urbanas e industriais,
estruturas viárias e exploração agropecuária, silvícola e extrativa em geral, representando apenas 25% do território nacional."
Após
citar o Gênesis, o volante afirma que "o território brasileiro não é um
jardim botânico nem um jardim zoológico e precisa ser sabiamente explorado,
compatibilizando o desenvolvimento da agropecuária com a preservação do meio
ambiente."
O universitário
Edson argumenta que os jovens não questionam o ambientalismo em si. Para ele a
bandeira da preservação da natureza é de toda a população da terra. Ele reclama
e questiona a unilateralidade com que certos movimentos ambientalistas procuram
encampar as resoluções da Rio+20 com propostas eco-fanáticas.
A
campanha é assinada pelo Instituto
Plinio Corrêa de Oliveira e por Paz
no Campo. Além do panfleto, eles disponibilizam gratuitamente um livro intitulado
“Ambientalismo: Preservação da Natureza
ou Cavalo de Troia?”, de autoria dos jornalistas Nelson Barretto e Paulo
Henrique Chaves.
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