Virose, desarmamento, Camboja
e assuntos conexos
Publicada em 18/05/2020
*Ronaldo Ausone Lupinacci
Os
desdobramentos dos fatos ligados à virose chinesa reclamam nova abordagem do
assunto, já comentado em artigos anteriores desta coluna[1].
Quase todo o
noticiário sobre o coronavírus parece ter sido cuidadosamente calculado para
gerar pânico[2].
E, o pânico, por sua vez, foi calculado como pretexto para medidas ditatoriais,
profusamente impostas no Brasil e no exterior.
Sabido é que
o pânico obscurece a inteligência bloqueando o caminho mental para enfrentar
determinada dificuldade, mantendo sua vítima na inércia ou movendo-a,
desorientada, a ações ineficazes.
Assim, em
última análise, os efeitos do pânico significaram gigantesca perturbação
psíquica coletiva, e, hecatombe na economia, tal como quiseram seus promotores,
isto é, os que guiam os grandes meios de comunicação (“mídia”) e as autoridades
políticas, conduzidos uns e outros pelo comunismo, conscientemente ou não.
Neste
contexto, vem-me à consideração a hipótese provável, aventada em artigo
publicado nos Estados Unidos, segundo a qual a crise do coronavírus foi
fabricada também para servir de teste[3].
As forças
que ditam o rumo dos acontecimentos decidiram testar a opinião pública para ver
se podiam, por meio de uma única manobra, subjugar o mundo inteiro, e, fazê-lo
obedecer seus ditames; igualmente, para ver quanto tempo a sociedade pode ficar
hipnotizada por notícias falsas irracionais e pelo pânico.
Esses
testes, segundo o mesmo artigo, teriam sido feitos para preparar o público para
outra “etapa mais ousada” do processo revolucionário, impulsionado para
destruir o que resta da Civilização Cristã.
Sou propenso
a acreditar que o articulista esteja certo em seu prognóstico sombrio.
Mas, antes
de entrar na indagação sobre qual seria a nova “etapa mais ousada” do processo
revolucionário parece-me oportuno abordar a questão do desarmamento dos civis.
A política
de desarmamento civil começou durante o governo de Fernando Henrique Cardoso,
rotulado como “Kerensky brasileiro”. Alexander Fyódorovich Kérensky,
político social-democrata e advogado, primeiro-ministro russo, exerceu o cargo
entre 21 de julho e 8 de novembro de 1917, quando preparou as condições para
ascensão dos comunistas ao poder, o que fez combatendo os que se situavam à sua
direita e favorecendo os que se colocavam à sua esquerda. Esta tem sido a linha
de ação de Fernando Henrique pelo que lhe cola bem a alcunha de “Kerensky
brasileiro”.
Em 1996,
durante o governo de FHC, teve início a campanha encabeçada pela OAB-SP com o
slogan “Desarme-se que a Vida Continua”[4].
A opinião pública, de início, não percebeu a trapaça que estava sendo
articulada nos bastidores, motivo pelo qual as reações se mostraram débeis.
Esta coluna,
porém, através de diversas publicações, combateu incessantemente o
desarmamento, visando contribuir para que o projeto fosse rejeitado no
referendo realizado no ano de 2005.
A rejeição
se deu porque se tornou claro que o desarmamento dos civis consistia em
objetivo internacional apoiado por entidades auxiliares do comunismo,
notadamente a Organização das Nações Unidas, sob o falso pretexto de redução da
violência, como agora se utiliza o pretexto das mortes para impor medidas
tirânicas, e, aliás, ineficazes para deter o coronavírus.
Qual era o
motivo para desarmar as populações civis? Óbvio: criar as condições para
estabelecimento de Estados totalitários de feitio socialista ou comunista, ou
mais provavelmente de um super-governo mundial, com a mesma orientação
ditatorial, antigo objetivo revolucionário.
Agora, com
as providências truculentas de certas autoridades, ficou nítido o desiderato
que acalentaram aquelas forças para desarmar os civis e deixá-los impotentes
para reações, como ocorre na Venezuela, em Cuba e na Coréia do Norte, por exemplo.
Mas, aonde
se insere a questão da “etapa mais ousada” do processo revolucionário, para a
qual as atuais diretrizes despóticas de autoridades políticas de vários países
se encaminham? Não se pode responder conclusivamente, mas existem pistas para
hipóteses e conjeturas. Toda a zoeira em torno do ambientalismo pode indicar o
rumo dos futuros manejos revolucionários. Em abono desta ideia vem à mente
aquilo que aconteceu no Camboja, sobre o que falarei mais adiante. Antes disso
um parêntese.
No livro “Revolução
e Contra-Revolução”, Plínio Corrêa de Oliveira, profundo conhecedor de
Filosofia da História, cogitou de que o comunismo poderia tentar uma grande
aventura para a conquista completa do mundo caso os meios até então utilizados
(persuasão e liderança do ódio) passassem a se mostrar inoperantes.
Portanto, a
hipótese da qual falei pode estar ligada a tal aventura macabra. O itinerário
para o absurdo pode ter se iniciado com a bancarrota da economia já em curso,
alimentada pelo medo da virose, e, tudo o mais que se lhe seguiu e deve seguir
(desemprego, fome, convulsões sociais), bem como a libertação em massa de
criminosos, etapas necessárias para instalação do caos.
Voltando
agora ao eixo do tema: para os que não sabem, o Camboja, pequena nação do
Extremo Oriente, foi o palco de sangrenta e destruidora revolução comunista
ocorrida entre os anos de 1975 e 1979 com a aplicação de uma utopia agrária,
que resultou em violenta repressão, marcada por trabalhos forçados, torturas e
execuções[5].
A população
foi arrancada das cidades e conduzida à força para a zona rural, jogada em
fazendas coletivas, em meio a inomináveis atrocidades. Em 1979 a ditadura do
Khmer Vermelho (assim se designava o Partido Comunista Cambojano) caiu deixando
um passivo de 1,5 a 2,5 milhões de mortos e o país aniquilado.
Embora o
regime brutal do Khmer Vermelho tivesse terminado restou o fato como parábola
para o resto do mundo, vale dizer, ou aceitar um comunismo “light” (?!), ou
correr o risco de submeter-se à pior barbárie da História.
Assim, bem
pode estar nos planos revolucionários operação análoga, a ser realizada em
escala mundial, a pretexto de retorno à Natureza, para dar início a uma nova
“civilização” miserabilista e coletivista, inserta na Nova Ordem Mundial[6].
Para isso
muito serviria o fantasma (ou a realidade) de uma guerra de grandes proporções.
Ora, no último dia 30 de abril foi noticiado que a Rússia ameaçou desencadear
guerra nuclear após os Estados Unidos equiparem submarino com capacidade
para lançar mísseis balísticos Trident[7].
Alguém
poderá dizer que estou delirando, porque o quadro tétrico que tracei agride o
bom senso. Sucede que o bom senso nem sempre dita o rumo da Humanidade. Basta
ver o que ocorreu no século passado com o nazismo, o fascismo, o comunismo, as
duas grandes guerras de 1914-1918 e 1939-1945, e inúmeras outras guerras e
calamidades.
Evidentemente
não estou alimentando visão catastrófica do futuro, mas estimulando os
espíritos a lutarem a fim de evitar a catástrofe, na medida em que ainda pode
ser evitada ou reduzida. Não se deixem enganar ou seduzir. A confiança na ajuda
divina irá nos amparar.
* O autor é
advogado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário