Os ministros Reinhold Stephanes e Guilherme Cassel devem se encontrar para discutir a questão dos índices de produtividade. Cassel defende a atualização imediata. Stephanes, por sua vez, não tem pressa.
Cassel está alinhado com o ministro petista Luiz Dulci, encarregado de articular as relações entre movimentos sociais e governo. Dulci sabe que se trata da principal bandeira do MST no momento.
Stephanes é mais suscetível à movimentação da bancada ruralista no Congresso - que se opõe à mudança. Ele fazia parte dela, como deputado pelo Paraná, quando foi chamado para o ministério.
Stephanes procurará demonstrar que o índice de produtividade não dá conta da realidade, pois não se pode obrigar um produtor a manter 80% da terra ocupada e correndo atrás de índices preestabelecidos.
Assim como na indústria, o produtor rural teria que ter autonomia para aumentar o diminuir a produção de acordo com o mercado. Se ninguém quiser comprar o arroz ou a soja, de que vale ele continuar com altos índices? Deve fazer isso só para satisfazer o INCRA e evitar que sua terra seja destinada para a Reforma Agrária?
Para Cassel, a avaliação dos índices de produtividade constitui um processo, que considera condições climáticas, produção de anos anteriores, notas fiscais e declarações dos proprietários.
E observa que só estão sujeitas à vistoria as propriedades com área equivalente a 450 hectares na região sul do País e só um pequeno número estaria sujeito a desapropriação por índices de produtividade.
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Meras opiniões de ministros?
Stephanes X Cassel?
Blog: Ao ler a notícia como foi publicada hoje em OESP -- da qual fizemos o resumo acima -- pode-se ser induzido a pensar que a questão se cinge a meros pontos de vista...
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Na verdade, leitor, o que está em jogo é o princípio da propriedade privada. Se hoje tal princípio é rompido no campo, amanhã o será na cidade...
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