Quem tem interesse nisso?
Depois de 500 anos de descoberto, o
nosso querido país, de dimensões continentais, começa a ser reinventado.
Terras
com títulos legais e legalmente adquiridas, que produzem e pagam seus impostos,
passaram a ser reivindicadas por ONGs e antropólogos para povos indígenas que
há muito tempo perderam sua cultura, seus costumes, e não mais sobrevivem com
os antigos hábitos de caçadores/coletores.
Na verdade, vivem de pensões do
Estado, que lhes paga por índio nascido. As aldeias recebem dinheiro do
governo, que faz a sua sobrevivência totalmente dependente de tais pagamentos.
Agora querem aumentar as terras indígenas. Baseados em quê, se o governo, além
de comprar essas terras, ainda vai ter de manter a subsistência dos índios?
Se
formos pelos argumentos dos antropólogos, todo o Brasil é terra indígena! No
Pátio do Colégio, em São Paulo, tem índio de montão enterrado. Vai ser
desapropriada essa área para montar uma aldeia?
Não há como voltar no tempo. O
melhor é tentar integrar essas comunidades ao mundo atual - que mudou e eles,
também. Vão receber terra para arrendar para plantador de soja?
Os índios do
Pará vendem tudo o que podem aos madeireiros ilegais, que revendem aos
chineses. Tudo à luz do sol, só os antropólogos e as ONGs não veem. Existe uma
clara (má) intenção de criar conflitos. Quem tem interesse nisso?
Existem
pessoas se infiltrando nessas comunidades para movê-las contra os fazendeiros
que estão lá produzindo e nunca tomaram nada de ninguém, compraram suas terras
e estão em seu país, que tem leis e instituições e espero que saiba fazê-las
valer contra as pressões ideológicas de organismos nacionais e internacionais.
JOÃO BRAULIO JUNQUEIRA NETTO
Fonte: O Estado de S.Paulo, Fórum dos Leitores, 05 de novembro de 2012.
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