...outras benesses do governo
Entre 1994 e 2011, o governo quase multiplicou por 10 o número de
assentamentos no país, de 934 para 8.565.
Foram distribuídos 87 milhões de hectares (10,8% do território nacional)
aos ditos sem terra. Como sempre previmos e alertamos, tal distribuição não
resolveu e não vai resolver o problema da pobreza.
Estatísticas otimistas apontam que 36% dos assentados dependem da Bolsa
Família para sobreviver.
Segundo dados do INCRA, 339.945 de 945.405 famílias recebem o benefício
destinado aos 22 milhões de brasileiros classificados como miseráveis (renda
por pessoa de até R$ 70, para famílias com ou sem filhos, e de até R$ 140 para
famílias com filhos).
Se consideradas todos os assentados inscritos no Cadastro Único do
Ministério do Desenvolvimento Social que são pobres - renda mensal por pessoa
de até R$ 339 -, o número sobe para 466.218, o equivalente a metade (49%) de
todos os que já receberam terras.
Ou seja, de cada dez assentados, entre quatro e cinco não alcançaram
emancipação financeira que permita retirar da terra, além do sustento, algum
dinheiro para vestir, educar os filhos.
A situação dos assentamentos levou o secretário-geral da Presidência,
Gilberto Carvalho, a dizer em fevereiro que eles se assemelham a “favelas
rurais”.
Em janeiro, O GLOBO mostrou que oito em cada dez jovens já deixaram os
assentamentos em busca de uma vida melhor, ou pretende fazê-lo, segundo a
Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (Fetraf).
Fonte: http://oglobo.globo.com/pais/bolsa-familia-sustenta-um-em-cada-tres-assentados- Cleide Carvalho (Facebook · Twitter)
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