A indústria e os desafios da competitividade
RENÉE PEREIRA E LUIZ GUILHERME GERBELLI - O ESTADO DE S. PAULO
06 Setembro 2014 |
15h 48
Custos de produção deixam produto brasileiro 33,7% mais caro
A via-crúcis da indústria, o Brasil já perde na
largada. Ainda na fase da construção, o investidor que decide levantar uma
fábrica em território nacional gasta até 8,75% mais comparado a outra nação.
Quando chega a hora de produzir, os problemas se avolumam, a burocracia aumenta
e os custos na operação se multiplicam. Se quiser exportar, terá de superar até
17 processos alfandegários diferentes e uma infraestrutura precária para
conseguir inserir o produto no mercado internacional.
No final, o resultado
dessa equação perversa é um produto 33,7% mais caro do que o fabricado pelos
principais parceiros do País.
Nesse ritmo, a indústria nacional vai ficando para
trás. Na semana passada, um novo indício de que algo está errado no Brasil. O
País perdeu mais uma posição no ranking de competitividade do Fórum Econômico
Mundial. Em 2012, o País ocupava o 48.º lugar; caiu para 56.º em 2013; e agora
está no 57.º.
O resultado deixou a economia brasileira atrás de nações como
Chile, Panamá, Costa Rica e Barbados.
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