Estima-se que o
prejuízo chegue a R$ 3 milhões, já que a carga apreendida é composta de
madeiras nobres.
A prefeitura aguarda agora um parecer da Promotoria de Justiça
Quase cinco meses depois, os mais de 900 metros cúbicos de madeira apreendidos e doados pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) para a Prefeitura de Cláudia (MT) ainda não tiveram uma destinação final.
A primeira possibilidade seria o leilão para a construção e reforma de
pontes no município, porém, de acordo com o prefeito João Batista (PSD), o
órgão ambiental encaminhou um ofício proibindo a venda do material. “A alegação
é que a própria madeira tem que ser utilizada para a fabricação das pontes. O
problema é que não é possível construir pontes com algumas espécies, como o
Cambará, por exemplo, que é mole”, afirmou.
Com parte das madeiras apodrecendo no pátio, a prefeitura aguarda agora
um parecer da promotoria de Justiça da cidade. Caso este seja negativo, o
Executivo deve entrar com uma ação judicial, cobrando, ao menos, o
ressarcimento dos gastos com o transporte do material. “Vamos ter que entrar
com medida cautelar, pelo menos para rever os custos. Mobilizamos dez
caminhões, tratores, pá-carregadeiras, além de vários funcionários. Um pouco da
madeira já apodreceu. Enquanto isso, a gente continua precisando de pontes no
município”.
O edital de leilão chegou a ser lançado, no entanto, acabou cancelado,
por divergência na classificação das espécies. Com o dinheiro arrecadado no
leilão, a prefeitura pretendia complementar a receita obtida com o Fundo
Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) e reformar dez pontes do município.
Foram apreendidos aproximadamente 2,5 mil metros cúbicos de madeira
(pelo menos 1.500 toras) de uma área em União do Sul (130 km de Sinop),
durante a Operação Apoena. Entre as espécies de madeiras doadas estão a peroba,
angico, copaíba, angelim, caiçara, cedro, amescla, sucupira-preta e jatobá. Não
foi informado para onde foram destinados as demais toras.
Estima-se que o prejuízo chegue a R$ 3 milhões, já que a carga
apreendida é composta de madeiras nobres. Fiscais também destruíram quatro
caminhões e duas motocicletas, supostamente utilizadas na extração ilegal de
madeira.
Fonte: Só notícias
Nenhum comentário:
Postar um comentário