DOMINGO, 13 DE SETEMBRO DE 2015
AULA DE ECONOMIA COM DOM BERTRAND DE ORLEANS E BRAGANÇA: TRÊS PRINCÍPIOS
PARA A SANIDADE SOCIOECONÔMICA DE UMA NAÇÃO
Transcrição de entrevista concedida
por Dom Bertrand de Orleans e Bragança, Príncipe Imperial do Brasil, segundo na
linha de Sucessão ao Trono Imperial.
“Há três princípios fundamentais para
a sanidade socioeconômica de uma nação, que são a Livre Iniciativa, a
Propriedade Privada e a o Princípio de Subsidiariedade. O que são estes
princípios?
A Livre Iniciativa,
porque o homem sendo livre e inteligente, por ser uma criatura de Deus, sabe o
que deve fazer, ele não precisa de um Estado tutelando a ele. A prova que a
Livre Iniciativa é necessária, basta comparar os países comunistas com os
países livres. Nos países comunistas, onde não há livre iniciativa, se inibe a
capacidade criativa de um povo. Deu um desastre nos países comunistas, uma
experiência que custou 100 milhões de vidas à humanidade, mortos pelos
comunistas.
A Propriedade Privada o
que é? Se eu sou livre, eu sou o dono do fruto do meu trabalho. Agora, o que é
propriedade? A definição mais curta, mais cristalina da propriedade foi dada
pelo Papa Leão XIII: “trabalho acumulado”. Eu trabalho o necessário para o meu
sustento, eu trabalho algo a mais que para o meu sustento, dia a após dia eu
economizo este algo a mais - eu somo este algo a mais. Com isso eu tenho a
minha propriedade, eu compro minha roupa, meu automóvel, minha casa, minha
fazenda, minha empresa. É meu! Se eu não sou dono do fruto do meu trabalho, eu
sou um escravo do Estado. A propriedade é a garantia da liberdade.
O Princípio da
Subsidiariedade é o princípio segundo o qual um superior não deve
fazer o que o inferior não for capaz de realizar por si. Simplificando à
realidade nacional, nós temos a família, que é célula mater da sociedade,
o município, o estado e a federação. O município só deveria fazer o que o
conjunto das famílias que compõem aquele município (conjunto de famílias também
são associações comercias, as empresas, os grupos culturais, etc., aquele todo
orgânico de um município), o que esse todo orgânico não for capaz de fazer, o
município deve fazer. Acima disso está o governo do estado, o governo do estado
só deve fazer o que o conjunto das famílias e dos municípios não for capaz de
fazer. Finalmente, o governo da União só deve fazer o que o conjunto das
famílias, dos municípios e dos Estados não forem capazes de fazer. De tal forma
que no topo desta pirâmide, o governo da União seja pequeno, leve, ágil, capaz
de indicar as grandes soluções para a nação, capaz de dar os grandes rumos. No
Brasil, nós temos exatamente o contrário, nós temos a pirâmide de cabeça para
baixo, com um governo da união hipertrofiado, que sangra os Estados, que corta
os municípios, que depena as famílias. Nós temos a mais alta carga tributaria
de um país. São 40% do PIB em impostos, se for considerar os serviços que o
Estado promete dar, mais multas, loterias, taxas, etc., daria praticamente 60%,
porque nós somos 60% escravos do Estado. Por quê? Porque não se respeita o
Princípio de Subsidiariedade, não se respeita a Livre Iniciativa e não se
respeita a Propriedade.”
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