Aviação agrícola
Colatto leva proposta ao Ministério da Saúde para
combater o mosquito da dengue
Além de documentos com pareceres técnicos informando da
eficácia no uso de aviões para liberar inseticidas, o parlamentar apresentou
emenda à MP 712/2016 que prevê ações de combate ao mosquito da dengue
Santa Catarina 3/2/2016 – O combate ao mosquito aedes aegypti, causador da
epidemia da dengue, além do surto de Zika vírus e Chikungunya, que assombram o
Brasil, pode ter a aviação agrícola como aliada.
A proposta elaborada pelo
Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag) e encaminhada ao Ministério
da Saúde (MS) pelo deputado federal Valdir Colatto (PMDB-SC) prevê que aviões
usados para pulverizar defensivos agrícolas sejam utilizados para fazer o
fumacê aéreo nas cidades.
Colatto, que é engenheiro
agrônomo, recebeu a visita dos técnicos do Sindag, e do também assessor técnico
Eduardo Cordeiro de Araújo, em dezembro, quando levou a proposta ao Ministério
da Saúde, porém, ainda aguarda posicionamento. “Inseto se combate com
inseticida e o mosquito é inseto e não é vírus”, destaca.
Segundo ele,
oferece-se a aviação agrícola e os defensivos agrícolas para combater o
mosquito da dengue no país. “É a agricultura trazendo uma alternativa
para salvar o Brasil da dengue”, destacou o parlamentar em discurso na tribuna
da Câmara dos Deputados na terça-feira 3/2 a espera de um retorno do MS.
Nesta semana, o governo editou a
Medida Provisória (MP) 712/2016 que reforça o combate ao mosquito aedes
aegypti. Como forma de viabilizar o fumacê por via aérea, o deputado
Valdir Colatto apresentou emenda à MP 712/2016, que inclui a aplicação de
inseticidas por meio de aeronaves dentre as formas de ação.
A ideia é aplicar pelo ar o mesmo
inseticida hoje usado em terra nos chamados fumacês. “A vantagem da aplicação
aérea é a possibilidade de atingir fundos de terrenos baldios e áreas longes do
alcance das caminhonetes e equipes que hoje visitam e aplicam os produtos”,
explica o deputado Colatto.
O uso de aviões para combate a
mosquitos é comum nos Estados Unidos e em diversos países da América Latina,
como o México. No Brasil, a técnica também já foi utilizada. Em 1975, os aviões
agrícolas foram responsáveis pela eliminação dos focos de mosquitos culex na
região da Baixada Santista, em
São Paulo.
Na época, com três
aplicações em quatro semanas, a estratégia acabou com um surto de encefalite
que assolava municípios como Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe.
O Sindag vem insistindo na
proposta, e, segundo eles, sempre é ignorado pelo governo federal e com
forte resistência das autoridades que coordenam o Programa Nacional de Controle
da Dengue.
Apesar disso, o Sindag emitiu considerações sobre a nota técnica que
restringe o uso de aplicações aéreas de inseticidas por aeronaves no controle
de surtos de dengue. A expectativa é de agora, depois do País fechar 2015
registrando mais de 1,5 milhão de casos de dengue no ano, e com o risco também
da chikungunya, do vírus zika e agora da febre da floresta, a proposta receba a
devida atenção. Em Santa Catarina, dados apontam 3.605 casos de dengue em
2015.
DENGUE, ZIKA E
CHIKUNGUNYA: a febre do
Zika vírus é uma doença causada pelo vírus Zika transmitido pela picada do
mesmo vetor da dengue, o aedes aegypti, infectado. A
febre Chikungunya, é uma infecção viral causada pelo vírus
Chikungunya, também transmitida pela picada da fêmea do mosquito aedes
aegypti infectada pelo vírus.
(discurso na Câmara dos
Deputados em Anexo)
(Documento de emenda a MP
712/2016 em anexo)
(Fotos em anexo)
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