MST padece
com a queda do PT do poder
Dois anos sem conseguir manter uma invasão
O fracasso dos atos organizados pelos sindicatos do país no último Primeiro de
Maio refletem a derrocada do movimento sindical no país, após a proibição da
cobrança do imposto sindical obrigatório imposta pelo presidente Michel Temer.
Mas os sindicatos não foram os únicos grupos políticos que tiveram as pernas
quebradas durante a atual administração.
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) minguou em mais de 90%
desde a queda dos governos do PT em 2016. Ao retirar das mãos do grupo o poder
de entregar títulos de propriedade, o governo acabou com o maior trunfo do MST
para chantagear assentados.
Sem o poder de entregar os títulos definitivos a
beneficiários da reforma agrária, tarefa assumida pelo Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária (Incra), os líderes do MST não conseguem mais
obrigar assentados a participar de atos políticos, invasões e
protestos.
Apenas em 2017, o governo emitiu 123.553 títulos de posse,
provisórios e definitivos. Um recorde histórico. Isto significa que o MST ficou
sem poder de explorar 123.553 famílias, que que passaram a fazer ouvidos moucos aos líderes do
movimento. Este ano, o governo já cumpriu quase metade da meta fixada para este
ano, que é entregar 120 mil títulos de posse.
Com os títulos em mãos, os
agricultores podem obter linhas de crédito para financiar suas lavouras. Antes,
estes documentos eram retidos pelos dirigentes do MST como forma de chantagear
os assentados.
Há pelo menos dois anos, o MST não consegue manter por mais de uma semana uma
invasão de terras em todo o país. Logo que assumiu, o presidente Michel Temer,
por meio do então ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, determinou que os
governos estaduais promovessem a desocupação imediata de propriedades
invadidas.
A atmosfera começou a mudar no país ainda no mês de maio de 2016, quando
Polícia Militar (PM) do Paraná, seguindo a nova orientação do governo Temer,
acaba de cumpriu mandato de reintegração de posse da Fazenda Santa Maria, em
Santa Terezinha de Itaipu, na região Oeste do estado.
Os integrantes do MST
foram expulsos do local por cerca de 500 policiais que seguiram para o local
logo que receberam o mandato emitido pela Justiça.
Para tentar impedir a ação policial, manifestantes atearam fogo em dois
veículos e fecharam os dois sentidos da BR-277.
Os integrantes do Pelotão de
Choque da PM logo conseguiram desobstruir a via, com o emprego de bombas de gás
lacrimogênio e tiros com balas de borracha contra os participantes do protesto,
que tentaram revidar jogando pedras.
O assessor de Assuntos Fundiários do Paraná, Amilton Serigueli, afirmou que a
reintegração não foi ordenada pelo Governo do Estado e é de responsabilidade
exclusiva da Polícia Militar.
"Estávamos negociando uma reintegração pacífica,
estávamos numa boa negociação. agora precisamos saber de onde veio essa ordem.
Em 5 anos, é a primeira vez que acontece isso. Temos um acordo de convivência
pacífica. De divergência sim, mas de violência não”, afirmou surpreso o
representante dos interesses dos invasores, chocado com a nova política do
governo federal.
Desde então, as invasões de terra no país foram reduzidas em
quase 100%. O MST não possui mais um mapa de invasões com pontos vermelhos
espalhados por todo o território nacional.
Além de estabelecer um modelo de tolerância zero contra invasões, o governo
cortou todos os repasses de dinheiro do contribuinte para o MST. Pouco antes da
prisão do ex-presidente Lula, líder do movimento, João Pedro Stédile, prometeu
promover invasões em massa em propriedades rurais em todo o país. Ficou só na
promessa. Todas as tentativas foram frustradas pela ação da polícia ou por
associações de produtores.
As queixas dos dirigentes do movimento são justificáveis. A atividade do MST
era bastante lucrativa antes da queda do governo Dilma. Além do faturamento
envolvendo negociações de terras, o grupo faturava alto com os repasses
generosos dos governos do PT. Apenas durante os dois mandatos de Lula, o grupo
teria recebido R$ 268,5 milhões, segundo o senador Ronaldo Caiado.
Os líderes do MST, CUT e outros movimentos controlados pelo PT viviam dentro do
Palácio do Planalto negociando repasses milionários.
Não é por acaso que, assim
como os artistas mamadores da Lei Rouanet, os meios de comunicação órfãos das
verbas de publicidade governamental e donos de grandes fortunas, o pessoal do
MST e CUT nutrem verdadeiro ódio contra o presidente Temer, a quem chamam de
golpista.
De fato, Temer aplicou duros golpes nos braços e pernas políticas do
PT ao longo destes últimos dois anos. O MST míngua e, assim como o PT, não deve
resistir por muito tempo.
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