quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

Apocalipse verde...


Posted: 05 Jan 2020 12:30 AM PST

O que profetizavam os arautos do catastrofismo
no primeiro Earth Day em 1970?
Tudo falhou, mas eles prosseguem insensíveis ao fiasco



Se o caro leitor acreditou nos agouros do “aquecimento global”, no estiolamento do planeta, no derretimento dos polos, na desertificação da Amazônia, no sepultamento pelas águas das grandes cidades costeiras, na incapacidade planetária de acolher uma dantesca superpopulação, na extinção pelo consumo dos últimos recursos alimentares e outros pânicos ambientalistas, em sã lógica deveria achar que não está lendo este post, pois a vida e a civilização na Terra já teriam acabado, de acordo com as mesmas aterradoras profecias.

Também deveria acreditar que o planeta virou um astro morto inabitado e inabitável, ou, na melhor das hipóteses, que os últimos humanos estariam morrendo de fome e sede a um ritmo de 100 ou 200 milhões por ano, numa atmosfera mortalmente poluída e num deserto coberto de cadáveres insepultos numa temperatura global se aproximando à de Vênus, ou tal vez em meio a uma Era Glacial.

Então, o que o prezado leitor está fazendo diante da tela de seu dispositivo eletrônico, após ter comemorado as festas do fim do ano?

A pergunta pode parecer atrevimento da nossa parte, mas de fato não é.

Isso foi escrito, anunciando e profetizado em livros, ensaios, entrevistas de rádio e TV, em datas em que a Internet e as redes sociais pareciam um sonho utópico.

Sim, em 1970, quando nasceu o primeiro “Dia da Terra”, os infalíveis gurus, adivinhos e profetas do Apocalipse verde, anunciavam a incontornável agonia e extinção da humanidade e de toda civilização num prazo máximo de 30 anos.

Uma contra-cultura baseada em profecias que jamais se cumpriram. O Earth Day 1970 em Ohio

Hoje esses mesmos arautos do catastrofismo pouco se importam de ter errado – e quão catastroficamente! Eles estão nos governos, na ONU, nas ONGs, leem encíclicas verdes e repetem incansavelmente o mesmo realejo.

Sim, o realejo que o leitor está desmentindo pelo simples fato de existir. Vejamos.

No dia 22 de abril de 1970, densos magotes de ativistas “pacifistas” – pró-comunismo soviético, naturalmente –, de hippies intoxicados, de abortistas frenéticas, de fãs da maconha, de Charles Manson e de Anton LaVey, saíram às ruas dos EUA clamando pelo fim da ordem civilizada em nome do “flower power”, o “poder das flores”, da droga e da anarquia.

Eles pronunciavam uma palavra que poucos conheciam direito, mas que hoje está na boca de todos: “environment” ou “meio-ambiente”.

O evento marcou o nascimento do ambientalismo moderno como movimento.

Sob o influxo das passeatas foi logo criado a Environmental Protection Agency – EPA, espécie de matriarca dos ministérios de Meio Ambiente no mundo todo. Também foram aprovadas as leis de “Ar Limpo, Água Limpa” e das “Espécies em perigo de extinção”.

“Foi uma passada de perna, mas funcionou”, comemorou Gaylord Nelson, depois senador por Wisconsin, tido como pai fundador da ideia do “Dia da Terra”.

Desde então foram comemorados 49 “Dias da Terra” a cada 22 de abril, sendo eles, a partir de 2010, promovidos pela Earth Day Network.
Uma nova revolução começou de mãos dadas com o hippismo, a maconha,
o amor livre e o pacifismo pro-soviético. Earth Day 1970 em NYC.
O que levou a se fazer a manifestação fundadora de 1970?

O jornalista Ronald Bailey, premiado pelos seus serviços em matérias científicas, foi procurar o que diziam os pensadores e líderes do movimento ambientalista em 1970.

Publicou o resultado do inquérito no “ano fatídico” de 2000, no artigo “Earth Day, Then and Now”, na revista Reason Magazine.

Em 2015, o Dr. Mark J. Perry, professor de Economia e Finanças da Universidade de Michigan, recuperou o trabalho de Bailey e ficou pasmo com “a enxurrada de predições apocalípticas” inverificáveis e nunca confirmadas, propaladas pelos magotes contestatários verdes em 1970.

Ele preparou uma lista das 18 mais famosas e estrambóticas, pois, segundo Bailey, “os profetas do fim do mundo não só estavam errados, mas espetacularmente errados”. E as publicou na revista do American Enterprise Institute. 

Desde 2015, os profetas de desgraças tiveram tempo para, pelo menos, moderar seus exageros. Porém, não só não o fizeram mas os agravaram, como achando que com mais fortes berros conseguirão que os homens acreditem em seus presságios mal sucedidos.


Todos os blefes e a Teologia da Libertação se osculam sob a férula de Papa Francisco

Eis a lista que elaborou o professor de economia.

(Forçados pelo número desbordante de exageros, tapeações e fraudes, dividimos a matéria deste post em duas partes. Também remitimos à paciência dos nossos leitores as centenas de posts que publicamos neste blog há mais de uma década com as tretas e enganações da propaganda ambientalista)

1. Em 1970, o biólogo de Harvard George Wald achava que “a civilização chegaria a seu fim dentro de 15 ou 30 anos, caso não se aplicassem as ações necessárias diante dos problemas que enfrentava a humanidade”.

2. “Estamos numa crise ambiental que ameaça a sobrevivência da nossa nação e de todo o mundo enquanto lugar habitável pelos humanos” – defendia o biólogo Barry Commoner, da Universidade de Washington, na revista académica Environment.

3. No dia seguinte ao 1º “Dia da Terra”, o jornal “The York Times” alertou em editorial: “O homem deve parar com a poluição e preservar seus recursos (...) para salvar a raça humana de uma deterioração intolerável e sua possível extinção”. (Hoje o bicho papão não é tanto a poluição quanto o CO2, e a referência à “raça humana” é crime verde de “especismo” [segundo o ambientalismo, novo e pior tipo de “racismo” que acredita a espécie humana ser superior às espécies animais ou vegetais]. Trocadas as palavras, o realejo prossegue igual)

4. “De modo inevitável e completo, a população vai crescer mais do que qualquer aumento na produção de alimentos”, profetizava para a revista “Mademoiselle”, em abril de 1970, o endeusado Paul Ehrlich. “A mortalidade de pessoas que morrerão de fome anualmente nos próximos dez anos atingirá pelos menos 100 ou 200 milhões”, acrescentava.

5. “A maioria das pessoas que vai morrer no maior cataclismo da história humana já nasceu”, escreveu Ehrlich em 1969, no ensaio “Eco-Catástrofe!”.

A grande mídia deu cobertura excepcional ao 1º Earth Day com comentários até delirantes

E explicava: “Por volta de [1975], alguns especialistas acham que a falta de alimentos no mundo terá atingido tal nível, que teremos fomes de proporções inacreditáveis. Outros especialistas mais otimistas pensam que a extinção da população por falta de comida não acontecerá antes da década de ‘80”.

6. Mas o cenário mais alarmista foi esboçado por Ehrlich na edição especial da revista “The Progressive” consagrada ao Dia da Terra de 1970.

Ele garantiu aos leitores que entre 1980 e 1989 morreriam por volta de 4 bilhões de pessoas, inclusive 65 milhões de americanos, no que ele chamava de “Great Die-Off” (algo como “a grande morte final”).

7. “Já é tarde demais para evitar a fome de massa”, declarava por sua vez Denis Hayes, organizador chefe do Dia da Terra, no número da primavera de 1970 da revista “The Living Wilderness”.

Anos '60: quando o pânico na moda
era a fome e a superpopulação do Planeta



Continuaremos no post do próximo domingo: “Profecias” catastroficamente erradas do “fake apocalipse” verde! –2

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