"Se a madeira não é plantada, as pessoas vão desmatar"
Consta que o governo do Rio de
Janeiro vai baixar decreto regulamentando projeto de lei já aprovado pela
Assembleia Legislativa e que facilitará a concessão de licenças ambientais para
os silvicultores que plantarem até 50 hectares de árvores para fins
comerciais em suas propriedades.
O decreto, que já estaria nas mãos do
governador Cabral, foi resultado de um trabalho conjunto das secretarias do Ambiente,
da Agricultura e do Desenvolvimento Econômico.
A informação foi dada na sede da Firjan durante o
seminário Setor Madeireiro: o Consumo no Estado e os Principais Desafios.
O encontro reuniu representantes dos
setores produtivos privados e autoridades do estado que discutiram alternativas
para a produção sustentável de madeira no Estado, que hoje importa 89% do
produto consumido.
“A melhor forma de proteger as
florestas nativas é plantando árvores para o desenvolvimento econômico. Se a
madeira não é plantada, as pessoas vão desmatar”, declarou Minc, num rompante
de bom senso..
Para ele, o novo decreto cria a
categoria do distrito florestal. Em vez de cada um fazer seu EIA-Rima [Estudo
de Impacto Ambiental-Relatório de Impacto Ambiental], o grupo faz apenas um
pedido.
E espera que o decreto represente um
grande estímulo, e assim vencer o grande gargalo da silvicultura, concluiu Minc.
Minc aproveitou o encontro para
anunciar também que os municípios já podem emitir licenças ambientais para
empreendimentos agropecuários.
Atualmente, o estado do Rio é um dos
principais consumidores de produtos de base florestal do país. Só em 2012, o
consumo fluminense de madeira foi 3,6 milhões de metros cúbicos.
Para minimizar o problema, a entidade
recomenda o plantio de florestas, nos próximos cinco anos, em 15% dos 685 mil
hectares de pastagens naturais ou degradadas.
Isso permitiria a geração de 48 mil
empregos por ano e atrairia indústrias competitivas de processamento de
madeira, como as que produzem painéis de fibra de média densidade.
Tudo sem prejuízos para a agricultura
e a pecuária.
O presidente da Firjan, Eduardo
Eugenio Gouvêa Vieira disse que o Rio produz apenas 11% da madeira que consome.
“Isso mostra o tamanho do mercado
esperando para ser conquistado e o quanto poderemos gerar em receita, renda e
tributos para nosso estado, caso esse potencial seja devidamente explorado”,
acrescentou.
Fonte: Agência Brasil
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