Sarney
Filho abre o Governo para ONGs e pretende frear expansão da soja
As organizações NÃO governamentais, ou
ONGs, estão de volta ao Governo. A porta lhes foi aberta pelo atual Ministro do
½ Ambiente, José Sarney Filho, ou Sarneyzinho.
Depois de expulsar a economia
convencional da Amazônia sem deixar nada no lugar, o movimento ambientalista
radical agora quer expulsar a economia convencional do restante do país e
provavelmente só deixará musgo sobre pedra.
O movimento ambientalista radical agora se volta para o
Cerrado brasileiro e usará como arma seu braço dentro do Governo Temer:
Sarneyzinho. "A moratória da soja precisa ser estendida ao Cerrado",
disse ele no evento de comemoração da dez do pacto firmado pela industria da
soja e o Greenpeace na Amazônia.
"E, para isso, iremos publicar a partir
de março dados em tempo real sobre o desmatamento do bioma", completou
Sarneyzinho causando uma saia justa na plateia onde estavam representantes de
tradings como Bunge, JBS e ADM, ambientalistas e empresas como Mc Donald's e
Carrefour.
A moratória da soja na Amazônia completou dez anos em vigor forçando produtores
de soja na região a expandir a produção sobre áreas de pastagens. Dessa forma,
o pecuarista ficou com a culpa e o agricultor ficou com o mercado.
Agora, as
ONGs pretendem forçar a tolerância zero para a abertura de novas áreas no
Cerrado, última fronteira agrícola brasileira. Mais que isso: As ONGs pretendem
aproveitar o movimento e a presença de Sarneyzinho no Governo continuar
admoestando a cadeia da carne.
Em nome do congelamento da Amazônia as ONGs e os ambientalistas radicais
aceitaram entregar o Cerrado: a Amazônia seria preservada e, em contrapartida,
o plantio de soja avançaria no Cerrado onde o boi já estava.
Foi mais ou menos
esse o acordo tácito feito pelas ONGs. Esse blog sempre alertou que era questão
tempo até as ONGs romperem o acordo. Agora que as coisas parecem sob controle
na Amazônia e as ONGs estão de volta ao Governo, o movimento ambientalista se
volta para o irmão feio da Amazônia, o Cerrado.
Frederico Machado, do WWF, disse ao jornal Valor Econômico que é de extrema
importância levar o pacto de desmatamento zero para o Cerrado. "Esperamos
ansiosamente discutir potenciais expansões do pacto para além do bioma
amazônico", diz de Keith Kenny, vicepresidente global de sustentabilidade
do McDonald's, em nome do European Soy Customer Group, o grupo mais influente
de compradores de soja da Europa. Kenny enviou cartas pressionando a Associação
Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).
Foi fácil para a indústria da soja e da carme abandonar a pecuária diante dos
ambientalistas radicais há dez anos ao assinarem a tal moratória da soja na
Amazônia.
Eles estavam de olho no Cerrado. Vejamos como o agro e o negócio vão
de portar desta vez. Será que juntos, como agronegócio? Ou será que o negócio
vai deixar o agro isolado novamente.
O diretor de sustentabilidade do JBS, Márcio Nappo, anda dando pistas. Nappo
disse no evento que é preciso “esticar a regra”. Ou seja, todos os frigoríficos
devem operar com a mesma política de preservação.
Com informações do Valor Econômico e foto de Elza Fiuza/Agência Brasil
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