quinta-feira, 30 de julho de 2009

Lei ambiental 'burra'

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Reservas individuais não funcionam
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O vice-presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Pará, Diogo Naves, considera "burra", do ponto de vista ambiental, a determinação de manter 80% de reserva em todas as fazendas da Amazônia. "Essa estratégia é burra porque cria reservas isoladas", afirmou Naves à BBC Brasil.
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"Isso até funciona na preservação da flora amazônica, mas a fauna precisa de espaço." "Nossa proposta é fazer reservas coletivas somando áreas de todos os produtores", acrescentou.
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"E, através de um zoneamento econômico-ecológico, podemos determinar caso a caso, região a região, o quanto tem que ser preservado em cada fazenda."
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Naves afirma que hoje o produtor rural tem consciência da importância de preservar o meio ambiente, mas que precisa de dinheiro e apoio do governo para produzir sem desmatar. "O Estado do Pará se desenvolveu com base em repasses do Fundo Constitucional de Desenvolvimento do Norte", diz Naves.
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"Por causa do 'imbroglio' (irregularidades fundiárias e ambientais), esse dinheiro parou de ser repassado." "Sem crédito para trabalhar a terra, diversos fazendeiros tiveram que voltar a avançar pela mata para produzir. Temos de resolver todos estes problemas para que voltemos a receber recursos para investimento."
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Naves admite que o Pará sofre com os efeitos de uma ocupação desorganizada da terra. Mas diz que isso aconteceu por conta da ausência e da lentidão do Estado durante a colonização da região.
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"Com o setor produtivo é tudo para ontem, enquanto o governo sempre deixa para amanhã", diz. "Quando os fazendeiros chegavam, faziam vilas, estradas e desenvolviam a economia. Mas o Estado só vinha chegar dez ou 12 anos depois."
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Fonte: BBC Brasil - Todos os direitos reservados

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