quarta-feira, 26 de maio de 2010

Agropecuária e segurança nacional

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O Brasil rural
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Helio Brambilla
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A cadeia agropecuária do Brasil, hoje rotulada de agronegócio, se inicia a partir do momento em que o agricultor coloca a semente na terra, e, no caso da pecuária, do nascimento de um bezerrinho.
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Sob o impulso da natureza criada e assistida por Deus, tal processo se desenvolve e, ao chegar ao final de seu ciclo, terá movimentado quase 40% da economia nacional e gerado 38 milhões de emprego.
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Paralelamente a estes empreendedores do campo vêm o comércio, a indústria e os serviços.
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Se somarmos os 38 milhões de empregos do campo com os 4 milhões de proprietários, teremos um universo 42 milhões de brasileiros produzindo, comprando e vendendo através da rede comercial que, por sua vez, faz girar toda a roda da economia, além de aportar divisas.
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Nossa defesa da propriedade privada e seu corolário a livre iniciativa se explica em boa medida dentro desse contexto de o homem tirar de si e da natureza tudo o que ele precisa para viver.
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Inteligente, ele procura se prover para o futuro incerto. Quanto mais estiver ancorado em terra firme, mais segurança ele terá para levar a cabo seus empreendimentos, pois o inseguro não vai a lugar nenhum.
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O bom senso e a razão mostram ser um imperativo tratarmos a agropecuária como uma questão de segurança nacional, caso contrário poderíamos nos transformar num país análogo a um subsaariano.
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Isso significa defender e lutar para que nossas instituições sejam seguras. Tanto mais quanto o Brasil conquista a cada dia novas posições no ranking internacional.
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Seguindo o caminho trilhado por nossos maiores, o Brasil adulto vai ocupando o espaço que lhe é devido no concerto das nações, com a conseqüente responsabilidade que a maioridade representa.
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Com efeito, postas as nossas vastidões e o nosso clima e ancorados de modo especial no empreendedorismo rural –– constituímos a oitava economia do mundo.
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Não sem razão, com a fina capacidade de observação francesa, o insuspeito jornal de esquerda “Le Monde” observou em meados de 2009 como que passando um recado ao governo brasileiro:
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Lula compreendeu rapidamente que cometeria um erro grosseiro dando as costas ao poderoso setor do agronegócio. Mesmo em nome da justiça social e do acesso à terra... Não se mata a galinha dos ovos de ouro”.



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Um comentário:

pedro vilas boas negrão disse...

É necessario lutar pela empresa agro-pecuária. É preciso defendê-la, torná-la rentável, viva, trator do desenvolvimento do Brasil. O crescimento do Brasil tem-se apoiado, quase que exclusivamente, na empresa agro-pecuária. Em todos os acordos internacionais em que o Brasil é parte, o que é oferecido pelo Brasil vem do setor agrário.
Mas não é como este artigo mostra que se defende a empresa agro-pecuária. Que hoje somos 42 milhões a viver da agricultura. Se enveredássemos pela propriedade familiar de minifúndio, de subsistência, talvez este número aumentasse, se houvesse tantos tolos que gostassem de morrer de fome.
42 milhões vivem da agricultura? É muito. Uma boa defesa da agricultura tem de diminuir este número. Reparem que a agro=pecuária dos Estados Unidos é bem mais produtiva do que a do Brasil e, no entanto, o número de pessoas que vivem da exploração agrícola é muitíssimo menor. Um terço, um quarto?
Eu sei que hoje é obrigatório que a agricultura seja um manancial de emprego, o que reflete o atraso do Brasil, mas quanto maior for a produtividade por pessoa empregada na agricultura, tanto melhor é para ela, porque os seus rendimentos aumentarão. E isto é um critério que impõe a propriedade de dimensão conveniente, baseado num empresário altamente sabedor da ciência agrícola que consiga aumentar a produtividade.