sexta-feira, 21 de maio de 2010

Safra agropecuária

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Segurança nacional
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Helio Brambilla
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Se alguém tomasse conhecimento de que numa cidade de 300 mil habitantes o MST tivesse conseguido arrastar 30% da população para um determinado evento favorável à Reforma Agrária, com certeza a referida notícia passaria a ser estampada nas primeiras páginas de nossos grandes periódicos, e seguramente até mesmo de jornais do exterior.
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Não foi bem isso o que ocorreu. Pelo contrário. No mundo dos antípodas do MST, um terço da população de Maringá-PR, cidade que faz jus ao título de “capital ecológica do Brasil”, por ter o maior índice de árvores por habitante, acorreu pressurosa e ufana à sua recente exposição agropecuária. Além de apresentar as menores taxas de criminalidade do Brasil, Maringá se encontra na lista dos dez maiores IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do Brasil.
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Pois bem, esta metrópole paranaense levou para a sua exposição agropecuária cerca de 100 mil pessoas, no dia 10 de maio do corrente ano. Como ocorre nesse tipo de eventos, existiam atrações para todos os gostos e idades: parque de diversões, feira de artesanato, feira da indústria com máquinas, equipamentos, veículos, genética de alto quilate, leilões de primeira linha e belas provas eqüestres.
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Isso, leitor, não constitui exceção nos eventos brasileiros do gênero, apesar de não ocupar o destaque que merecia na mídia. Com efeito, as feiras e exposições agropecuárias e os assim chamados agrishows refletem a pujança do nosso agronegócio.
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O show rural de Cascavel-2010, por exemplo, – que abriu a temporada das feiras – recebeu a visita de 180.000 produtores à busca de novas tecnologias, consagrando-se mais uma vez como a maior feira da América Latina do gênero.
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As exposições de Campo Grande, Uberaba, Ribeirão Preto, Londrina, Umuarama, Goiânia – entre outras – bateram recorde de público e negócios. Dentro deste quadro de eventos que enchem de ufania a população urbana, o agropecuarista brasileiro sempre pronto a enfrentar novos desafios e de mangas arregaçadas se prepara para mais uma grande safra agrícola, fruto de seu engenho e de sua arte.
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Decorridos 50 anos da tão propalada quanto fracassada Reforma Agrária, em ocasião oportuna denunciada pelo saudoso Prof. Plinio Correa de Oliveira no livro “Reforma Agrária, Questão de Consciência” como falsa solução para um problema inexistente, o Brasil rural que produzia comida abundante e de boa qualidade não fez senão desenvolver, e de modo tão extraordinário que chega a preocupar concorrentes tradicionais.
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Pari passu aos recordes, novos desafios surgiram no caminho de nossos heróis agropecuaristas. O mais recente deles se encontra no PNDH-3 em que o produtor rural, ao ter sua propriedade invadida, não poderá pedir reintegração de posse antes de parlamentar com os invasores do MST, CPT, CIMI, CIR e congêneres.
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Voltarei ao assunto.
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