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Por mero recuo tático, o governo Lula desistiu de promover a atualização dos índices de produtividade agropecuária, usados como parâmetro nos processos de desapropriação para a reforma agrária.
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Essa medida absurda - com fortes embates ideológicos - prejudicaria ainda mais à campanha da candidata do Presidente ao Planalto, identificada com o MST. Com toda razão ela desagrada aos produtores rurais.
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O custo político da aprovação desses famigerados índices seria alto demais para o PT. "Não podemos fazer marola em ano eleitoral", resumiu um ministro do governo.
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A medida que só vigoraria em 2012, obrigaria os produtores rurais a elevar a produção, mesmo em anos de crise, para cumprir requisitos de utilização da terra (GUT) e de eficiência da exploração (GEE), o que não é exigido de nenhum outro setor produtivo.
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Para o MST e assemelhados isso não ficará assim, pois não vão deixar de cobrar essa dívida do Estado. Para eles, o assunto divide a sociedade [eles de um lado e a sociedade do outro...].
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Em agosto de 2009, Lula havia fixado prazo de 15 dias para a publicação de uma portaria interministerial com a revisão dos índices.
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Mas os ruralistas reagiram e o PMDB fechou questão contra a revisão para evitar que suas digitais fossem impressas na medida antipática aos eleitores rurais.
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Curiosamente, a senha para a desistência de Lula foi a exacerbação dos debates que vêm sendo provocados pelo anúncio do PNDH-3, no início do ano.
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Fonte: Mauro Zanatta Valor Econômico 13/05/10
Um comentário:
NÃO É QUILOMBO!
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