E agora, IBAMA?
Manadas de javalis andam destruindo plantações em várias localidades agrícolas do País. Os bravios invasores europeus atacam pessoas e ameaçam a saúde ambiental. Ninguém sabe como enfrentá-los.
Os suídeos selvagens, puros ou hibridados, assustam a turma do interior em 13 Estados brasileiros, onde já foram observados comendo roça de mandioca e milho, atacando galinheiros e devorando hortas. Chegando a pesar 150 quilos, inexiste cerca que os contenha.
Hospedeiro de doenças como a aftosa e a peste suína clássica, pode pôr em risco a suinocultura nacional. Predador voraz, afeta a biodiversidade local...
O bicho configura um animal nocivo e, como praga, precisa ser controlado. Mas aí surge o problema. Abater um javali pode configurar crime ambiental.
Rafael Salerno, agrônomo e estudioso da matéria, teme que as manadas de javalis cheguem à Amazônia. Seria um desastre. Duas pessoas, uma em Ibiá (MG), outra em Pedregulho (SP), foram mortas por mordida dos dentuços.
O problema vem de longe. Na colonização da Austrália, há 200 anos, os ingleses introduziram coelhos e raposas tentando reproduzir na nova terra seus ambientes familiares de origem.
Tais espécies, porém, acabaram se tornando terríveis pragas, competindo por alimentos com os mamíferos nativos. Há décadas os fazendeiros australianos, com o apoio do governo, lutam contra a epidemia de coelhos e raposas.
No Brasil se conhece o exemplo nocivo da introdução, na década de 1950, do lagarto teiú em Fernando de Noronha. O suposto combatente de ratos encontrou nos ovos das tartarugas e de pássaros marinhos das ilhas uma fonte maravilhosa de proteína, reproduzindo-se de forma incontrolável.
Lebres europeias, bem maiores do que as nativas, atacam as lavouras paulistas e paranaenses há mais tempo que os javalis. Adora os de melancia.Os agricultores nacionais andam sofrendo na agenda ambiental.
Basta ver a polêmica criada sobre o novo Código Florestal. Volta e meia os carimbam contra a natureza. Agora, escaldados, solicitam ajuda para controlar a ameaça dos animais invasores, como os javalis e os lebrões. Bichos antiecológicos.
Na maioria dos Estados da Federação, como em São Paulo, a caça é constitucionalmente proibida. Sorte do javali. Os defensores da caça controlada, permitida na maioria dos países, argumentam seu valor na defesa ambiental dos territórios.
Lá os javalis podem ser abatidos a tiro. A caça restrita gera renda e empregos no turismo. Há décadas se compreende que a conservação ambiental difere do puro preservacionismo.
Basta os órgãos ambientais, ao regulamentar o controle dos javalis, permitirem o uso de armadilhas e técnicas que descaracterizem tal atividade como uma caçada de animais. Com a palavra o Ibama.
(Matéria resumida pelo Blog)
Fonte: OESP, 31/5/2011 Xico Graziano
Um comentário:
Ao contrario, no Brasil devemos trabalhar para liberar a caça a tiro como nos EUA, Canadá, Argentina, Uruguai, Portugal, Africa, Austrália e tantos outros Países de melhor nível moral do que o Brasil, pois somente num Estado Norte-americano existem 700000 caçadores/atiradores habilitados e livres da perseguição do Governo, fazendo daquele País o mais importante do Planeta e tambem o mais seguro, pois quem invadirá um Pa´si com 50 Estados e uma quantidade de homens armados para defendê~lo?
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