Miséria sustentável
"Dentro de pouco tempo, a capoeira vai recuperando e em dois anos já está dessa grossura", diz Sousa, que nem tem banheiro em casa, apontando para as encostas dos morros em volta, onde a floresta já cresce alta.
A declaração põe em xeque um dos
tabus do debate da reforma do Código Florestal em votação na Câmara, segundo o
qual a exigência recuperação de Áreas de Preservação Permanente (APPs), já
aprovada no Senado, inviabilizaria a vida dos produtores.
Esse é um trecho de uma reportagem publicada ontem no jornal O Estado de S. Paulo.
Repare que o
jornalista usa o exemplo da propriedade do Sr. Sousa para afirmar a exigência
da recuperação de APP não inviabiliza as propriedades.
Repare o mesmo
jornalista afirmou no mesmo parágrafo que a propriedade “nem tem banheiro em
casa”.
O produtor tem um sistema de produção incapaz de remunerá-lo a ponto do pobre miserável não ter condições de construir um banheiro em casa e a jornalista acha lindo o fato dele ter deixado suas APPs se regenerarem por inércia.
O produtor tem um sistema de produção incapaz de remunerá-lo a ponto do pobre miserável não ter condições de construir um banheiro em casa e a jornalista acha lindo o fato dele ter deixado suas APPs se regenerarem por inércia.
O produtor e sua família provavelmente
fazem suas necessidades fisiológicas direto na APP, mas isso não é um problema
da jornalista, muito menos das ONGS.
É a miséria sustentável com a qual sonham
os ambientalistas radicais com a simpatia de jornalistas urbanos que há muito
trocaram a busca pela imparcialidade pela bajulação do senso comum.
Fonte: http://www.codigoflorestal. com/ 19/3/2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário