Agora é Programa de Desaceleração do
Crescimento
Crescimento
O Brasil pode ter a pior desaceleração da economia, afirma o FMI, que
volta a recomendar ajuste fiscal e monetário.
O Brasil está passando por sua desaceleração mais grave em mais de duas
décadas, mas terá de perseverar com os recentes esforços para conter o aumento
da dívida pública e repor a confiança no quadro da política macroeconômica,
afirma o FMI no documento.
A previsão dos economistas do FMI é que o PIB do Brasil vai encolher 1%
em 2015, um dos piores desempenhos entre as principais economias mundiais.
As autoridades agora têm pouca
escolha a não ser apertar a política fiscal em meio a uma recessão, afirma o
documento. O ajuste em curso no Brasil é fundamental para evitar a piora da
dívida e restaurar a confiança na economia brasileira.
A mesma análise vale para a alta de juros que vem sendo promovida pelo Banco
Central para conter a inflação. O aperto na política monetária desde 2014 é
adequado, afirma o documento do FMI. Mesmo com a elevação das taxas, o BC
continua enfrentando a tarefa de reforçar a credibilidade do arcabouço de
política monetária, já que a inflação persiste em patamar alto, ressalta o
texto.
A previsão do FMI é que o IPCA suba
8% este ano, acima dos 7,8% em um relatório divulgado pelo FMI durante a
reunião de primavera. Para 2016, a previsão é de alta de 5,4%, abaixo dos 5,9%
do documento anterior.
O FMI volta a afirmar que vários fatores estão contribuindo para o fraco
desempenho da economia brasileira. Entre eles, a baixa confiança dos
empresários, que por isso não investem.
Além disso, o escândalo de corrupção
na Petrobras é outro fator, que levou a petroleira e empresas do setor a
cortarem investimentos e ainda contribui para aumentar a incerteza na economia.
Pelo lado dos consumidores, o estudo
do FMI ressalta que os brasileiros têm segurado os gastos, em meio à inflação
alta, expectativa de piora do mercado de trabalho e com os bancos segurando o
crédito.
Pelo lado externo, o FMI ressalta que o fim do boom das commodities no mercado
internacional, com a desaceleração da economia da China, também contribui para
esfriar a atividade no Brasil e em outros países da América Latina.
O FMI avalia que a desaceleração do Brasil e em outros países da América
Latina, como o Chile, tem sido pior que o antecipado. As projeções de expansão
do PIB brasileiro vêm sendo rebaixadas a cada novo documento divulgado pela
instituição desde 2012.
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