Ouro Preto e Roma
Helio Dias Viana
Nas cerimônias realizadas em
Ouro Preto no dia 21 de abril, entre as pessoas condecoradas pelo governador
petista Fernando Pimentel estavam o mais alto representante da Justiça
brasileira, ministro Ricardo Lewandowski, presidente do Supremo Tribunal Federal,
e o maior expoente da desobediência à lei e do crime de esbulho, João Pedro
Stédile, chefe do MST.
Isto é de
suma gravidade. Significa que tanto o representante da Justiça quanto o do
crime merecem o mesmo encômio, recebendo ambos a Medalha da Inconfidência. Tudo
sob a égide do governador de um dos principais estados da Federação. Diante
dessa gritante contradição, como fica a população brasileira, sobretudo os mais
jovens, vendo quem deve julgar e punir o crime ser premiado juntamente com o
criminoso? O bem já não é mais bem, nem mal é mal?
O Brasil
inteiro sabe que o MST é um movimento revolucionário e violento, que atua à
margem da lei para a implantação do regime socialista. Regime este cada vez
mais rejeitado no mundo inteiro por ineficiente e totalitário, mas que vem
sendo implantado pelos governos do PT e reiterado no programa do congresso do
partido, a realizar-se no mês de junho em Salvador. Portanto, condecorar
Stédile equivale a condecorar o crime, a condecorar um inimigo do Brasil.
Em outubro de 2014, João Pedro Stédile foi recebido no próprio
Vaticano [foto], onde participou
de um congresso de movimentos populares e recebeu o incentivo de prosseguir na
sua luta. Que luta? A de invasão de propriedades privadas, destruição de
laboratórios de pesquisas etc. Stédile comentou depois que o discurso
pronunciado no referido congresso pelo Papa Bergoglio fora mais esquerdista do
que o seu, proferido na mesma ocasião.
Tais apoios
recebidos pelo MST não constituem um estímulo para esse movimento
revolucionário continuar a desobedecer às leis e a praticar impunemente o crime
de esbulho?
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