Não há o que
esconder
CELSO MING
11 Novembro 2014 | 21:00
O governo
Dilma saiu do armário fiscal. Reconheceu que fracassou no cumprimento das metas
das contas públicas deste ano, correspondente a um superávit primário de 1,9%
do PIB.
O governo Dilma saiu do armário
fiscal. Reconheceu que fracassou no cumprimento das metas das contas públicas
deste ano, correspondente a um superávit primário de 1,9% do PIB (cerca de R$
100 bilhões destinados ao pagamento da dívida pública).
Na prática, encaminhou para o
Congresso projeto de lei que altera o artigo 3.º da Lei Orçamentária de 2014, a
que chamou de flexibilização da meta. A lei a ser revogada agora permitia um
abatimento do resultado das contas públicas de um volume de até R$ 67 bilhões,
correspondente a investimentos do PAC.
O novo projeto acrescenta a esses R$ 67
bilhões o total da renúncia fiscal com as desonerações (redução de
contribuições e impostos), que poderá chegar aos R$ 105 bilhões. Além disso,
não assume eventuais déficits dos Estados e municípios.
Ou seja, se o rombo
fiscal (e não mais o superávit) for de R$ 72 bilhões, fica tudo como se a meta
fiscal de R$ 100 bilhões – positivos – ficasse plenamente cumprida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário