terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

No Brasil petista as pedras correm atrás dos apedrejados...


Estiagem prolongada destrói 100 mil hectares de florestas plantadas no norte de Minas Gerais

A estimativa é do empresário Ricardo Vilela, que tem acompanhado o fechamento de inúmeros viveiros de mudas e a parada no ritmo de novos plantios

O prolongamento da estiagem começa a mostrar o tamanho dos estragos que vem proporcionando na região Norte do Estado de Minas Gerais. O diretor comercial da Bela Vista Florestal, empresário Ricardo Vilela, estima que cerca de 100 mil hectares de florestas já foram perdidos por conta do excessivo déficit hídrico – no popular, falta de chuva.

A avaliação de Ricardo Vilela aponta ainda para uma perda de 15 milhões de metros cúbicos de madeira por ano. O empresário explica quer muitos plantios vêm sendo abandonados, assim como planejamentos que haviam sido feitos.
Ano passado, por exemplo, era para ter sido plantados 70 mil hectares de eucalipto no norte de Minas Gerais – número que será revisto para menos.
Sem esconder a preocupação, Ricardo Vilela diz que a situação é calamitosa porque muitas empresas diminuíram os investimentos e todas elas já estão no prejuízo. “O Estado de Minas Gerais precisa de um diagnóstico para ver o tamanho real do prejuízo. São três anos sem chuvas e os novos clones – sem água – produzem 20% a menos e ainda atraem todos os tipos de pragas e doenças”, esmiuçou Vilela.
Boa parte da cadeia produtiva florestal quebrou. De acordo com Ricardo Vilela, a Bela Vista Florestal corre por fora por ser uma empresa voltada para o setor de madeira nobre – no caso, cedro australiano – e este ano só vai produzir 15% de sua capacidade. “Vamos diminuir de 10 milhões de mudas de cedro australiano, para 1,5 milhões. Os preços das mudas ainda são de 2003, mas os custos já aumentaram três vezes o que era antes. Muitos viveiros não existem mais”, demonstrou Vilela.
Os negócios só não pararam de vez porque grandes empresas estão comprando florestas em Minas Gerais. No entanto, como muitas áreas estão queimadas pela falta de chuva, Ricardo Vilela acredita que este ano e em 2016 haverá uma sobre oferta de madeira que derrubará os preços, para evitar o apodrecimento do produto. 
Os municípios mais afetados pela falta de chuva são Jequitaí, Buritizeiro, Santa Fé de Minas, Brasilândia de Minas, João Pinheiro, Lagoa Grande, Lagoa dos Patos, Unaí e Paracati.

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