“Onda conservadora”
veio para ficar
À medida que o caos
no mundo contemporâneo vai se aprofundando – e talvez por causa desse mesmo
caos – assistimos em sentido contrário a uma “onda conservadora” no Brasil e no
mundo. Ninguém com um mínimo de razoabilidade o contesta, seja de direita, de centro
ou de esquerda. O fato está aí, e tudo indica que veio para ficar.
Convém ter presente
que essa “onda conservadora” corresponde, em ponderável medida, a uma
reafirmação do bom senso, profundamente ferido pelo caos e pelas chamadas
“conquistas” da modernidade.
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Vejamos, a título
de exemplo, alguns setores nos quais ela se verifica:
— No campo
político-social, uma rejeição às diversas formas de socialismo, seja o do
PT, no Brasil, seja o do PS, na França, e de outros ainda. E nos Estados
Unidos, onde não se pode falar propriamente em partidos socialistas, no entanto
é o partido mais à direita que vem se afirmando na preferência popular.
— Em matéria de
artes, chama a atenção a falta de público para a dita “arte moderna”, como a
apresentada na Bienal de São Paulo. Esta já apela para representações tendentes
ao satanismo, a fim de tentar atrair pelo bombástico, pela irreverência e pelo
sacrilégio, aqueles que não consegue atrair pela arte. Pobres crianças de
colégio, que constituem o público habitual dessas exposições, são obrigadas por
diretores de muitos estabelecimentos de ensino a se submeterem a essa inglória
peregrinação através de salões aborrecidos e tenebrosos.
— Em matéria de
filosofia de vida, não está colando essa pregação descabelada e absurda de
uma igualdade buscada a todo preço, antinatural, que a pretexto de combater
desigualdades injustas, o que seria louvável, leva de roldão, sob o rolo
compressor da mídia e de certos políticos, as desigualdades legítimas e
proporcionadas, necessárias para o reto e ordenado convívio humano.
— Em matéria de
religião, os desmandos da esquerda católica e do progressismo em
geral vão produzindo reações em série a favor da tradição. Em alguns casos,
infelizmente, afastando dos sacramentos e da prática religiosa os que não se
conformam com a presente autodemolição da Igreja, que abre portas e janelas
para que no Templo de Deus entre a fumaça de Satanás, constatada por Paulo VI.
Muitos se perguntam
se o mundo virou um manicômio, o que os leva a reagir ou pelo menos a
retrair-se. É a onda conservadora que se afirma.
(*) Gregorio
Vivanco Lopes é advogado e colaborador da ABIM
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