sexta-feira, 4 de março de 2016

O "CIMI incitou" os indígenas a resistirem ordem judicial



Investigação aponta incitação do Cimi 

em invasão à Fazenda Buriti


O delegado da Polícia Federal, Marcelo Alexandrino de Oliveira, foi o depoente da 13° reunião da CPI do Cimi, realizada na tarde desta quinta-feira (02). A Comissão Parlamentar de Inquérito formada por parlamentares da Assembleia Legislativa investiga se há participação do Conselho Indigenista Missionário como apoiador das invasões a propriedades rurais em Mato Grosso do Sul.

Em seu depoimento, Oliveira relatou seu trabalho durante a invasão à Fazenda Buriti, em 2013, localizada na região de Sidrolândia. Após dois anos de investigações, o inquérito foi entregue ao Ministério Público Federal no ano passado e, segundo o depoente, há provas quanto à participação do Cimi nas invasões, incitando os indígenas à resistência. 

“Durante as investigações foram periciados o notebook e gravador do jornalista do Cimi, conhecido como Ruy Sposati. No gravador foi encontrado áudio de uma reunião entre indígenas e integrantes do Conselho, onde os indígenas eram parabenizados e incentivados a continuar resistindo à invasão”, relatou.

O delegado ressaltou ainda que o inquérito em questão não entra na seara se a Fazenda Buriti é ou não terra indígena e sim o fato que houve uma violação da lei por parte dos indígenas ao resistirem uma ordem judicial de desocupação. “Houve crime de resistência por parte dos indígenas e os integrantes do Cimi instigaram os índios a praticarem o crime de resistência”, ponderou.

O depoente revelou ainda que no notebook apreendido para perícia foi encontrado um arquivo cujo conteúdo ensinava confeccionar armas artesanais, minas terrestres, gás lacrimogênio com produtos de limpeza, além de como realizar fraudes bancárias.

Ao ser questionado pela parlamentar Mara Caseiro se acreditava que o Cimi incitava os indígenas a invadir propriedades no Estado, o delegado deixou claro que sim. “Com toda certeza, nesse caso (Fazenda Buriti) está provado que há incitação do Cimi para que os indígenas não obedecessem a ordem judicial e saíssem da propriedade de forma pacífica”.

A CPI do Cimi é composta pela presidente, deputada Mara Caseiro (PMB); o vice-presidente, deputado Marquinhos Trad; deputado Paulo Corrêa (PR) como relator e como membros os deputados Onevan de Matos (PSDB) e Pedro Kemp (PT).

Fonte: Grupo Sato Comunicação





Nenhum comentário: