Investigação
aponta incitação do Cimi
em invasão à Fazenda Buriti
O delegado da
Polícia Federal, Marcelo Alexandrino de Oliveira, foi o depoente da 13° reunião
da CPI do Cimi, realizada na tarde desta quinta-feira (02). A Comissão
Parlamentar de Inquérito formada por parlamentares da Assembleia Legislativa
investiga se há participação do Conselho Indigenista Missionário como apoiador
das invasões a propriedades rurais em Mato Grosso do Sul.
Em seu depoimento,
Oliveira relatou seu trabalho durante a invasão à Fazenda Buriti, em 2013,
localizada na região de Sidrolândia. Após dois anos de investigações, o
inquérito foi entregue ao Ministério Público Federal no ano passado e, segundo
o depoente, há provas quanto à participação do Cimi nas invasões, incitando os
indígenas à resistência.
“Durante as investigações foram periciados o notebook
e gravador do jornalista do Cimi, conhecido como Ruy Sposati. No gravador foi
encontrado áudio de uma reunião entre indígenas e integrantes do Conselho, onde
os indígenas eram parabenizados e incentivados a continuar resistindo à
invasão”, relatou.
O delegado
ressaltou ainda que o inquérito em questão não entra na seara se a Fazenda
Buriti é ou não terra indígena e sim o fato que houve uma violação da lei por
parte dos indígenas ao resistirem uma ordem judicial de desocupação. “Houve
crime de resistência por parte dos indígenas e os integrantes do Cimi
instigaram os índios a praticarem o crime de resistência”, ponderou.
O depoente revelou
ainda que no notebook apreendido para perícia foi encontrado um arquivo cujo
conteúdo ensinava confeccionar armas artesanais, minas terrestres, gás
lacrimogênio com produtos de limpeza, além de como realizar fraudes bancárias.
Ao ser questionado
pela parlamentar Mara Caseiro se acreditava que o Cimi incitava os indígenas a
invadir propriedades no Estado, o delegado deixou claro que sim. “Com toda
certeza, nesse caso (Fazenda Buriti) está provado que há incitação do Cimi para
que os indígenas não obedecessem a ordem judicial e saíssem da propriedade de
forma pacífica”.
A CPI do Cimi é
composta pela presidente, deputada Mara Caseiro (PMB); o vice-presidente,
deputado Marquinhos Trad; deputado Paulo Corrêa (PR) como relator e como
membros os deputados Onevan de Matos (PSDB) e Pedro Kemp (PT).
Fonte: Grupo Sato Comunicação
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