Por Luis Dufaur
- Jamais se soube que o homem e sua civilização pudessem mudar o clima planetário, posta a sua pequenez material diante dos colossais fenômenos naturais – como a atividade solar e a dos oceanos – que o determinam decisivamente e sobre os quais o homem não tem qualquer influência.
Na reunião da ONU de 22/4/16 (Dia da Terra, como poucos sabem e talvez não queiram saber), em Nova York, os representantes de mais de 170 países assinaram o acordo de Paris que pretende regulamentar as mudanças do clima.
“Estamos batendo um recorde nesta sala com o número de signatários”,
gabou-se o Secretário Geral da ONU, Ban Ki Moon, no início da cerimônia,
informou o jornal “El Mundo” de Madri.
Ele fingiu esquecer que nessas horas o que importa não é o número, mas a
intenção séria de cumprir o que está nos papéis assinados.
Quantos tratados foram eufórica e insinceramente rubricados e
comemorados pouco antes de grandes tragédias mundiais!
Vejamos o Acordo de Munique com Hitler. Menos de um ano depois o führer alemão,
aliado com Stalin, invadiu a Polônia, desencadeando a mais mortífera guerra
mundial da História. O tão celebrado Acordo de Munique não tinha passado
de uma enganação grafada sobre um “farrapo de papel”.
Nesse sentido, em São Paulo, o embaixador da União Europeia no
Brasil, João Cravinho, falou com clareza: a assinatura é só ‘tinta no papel’, informou
a “Folha de S. Paulo”.
“A assinatura é simpática, disse, mas é só tinta no papel, não altera a
vida de ninguém”, disse à Folha.
Segundo explicou, os países signatários devem se mobilizar para por os
termos em prática. E aqui são outros quinhentos.
O acordo obriga todos os países signatários da convenção do clima de
1992 a manterem a média da temperatura planetária abaixo de 2ºC em comparação
com a época pré-industrial, e caminhando para diminuí-la para 1,5ºC.
E aqui entramos num mundo de Alice
no país das maravilhas verdes que, aliás, está cheio de
fantasias:
1) Não está provado que haja aquecimento global. Pelo contrário, o fato
dominante é a estagnação das temperaturas médias globais nos últimos 16 anos
com tendência ao arrefecimento.
2) Jamais se soube que o homem e sua civilização pudessem mudar o clima
planetário, posta a sua pequenez material diante dos colossais fenômenos
naturais – como a atividade solar e dos oceanos – que o determinam
decisivamente e sobre os quais o homem não tem qualquer influência.
O embaixador Cravinho apontou um fator político decisivo: os países
considerados os “maiores aquecedores do mundo” – como a China e os EUA – não
estão interessados em cumpri-lo e nem mesmo em ratificá-lo para entrar em
vigor. A China só o porá em prática se servir para o seu desenvolvimento e o
Senado americano não o aprovará.
Num post especial, elencamos
os argumentos dos maiores “aquecedores” do mundo que com subterfúgios diversos,
esclareceram que o tratado que assinariam não era com eles: COP21 pode ser o “fracasso do ano” ou abrir a “era do
fracasso da civilização”.
É claro que esses países gastaram espalhafatosamente tinta assinando o
acordo. E a tinta ficou por aí.
A confraria socialista-ambientalista comemorou: o texto, segundo
eles servirá para depauperar ainda mais o mundo numa corrida ideológica rumo
à vida tribal.
“A era do consumo sem consequências acabou”, exultou Ban Ki Moon
entrevendo as restrições ao consumo privado que serão impostas à humanidade
para atingir essa meta utópica radical.
O chefe da diplomacia americana John Kerry gastou gotas de tinta
assinando sentimentalmente o acordo com a sua netinha nos braços. Mas ele sabe,
como todos nos EUA, que o Senado de seu país já se posicionou: jamais assinará
o texto de Paris, e esse não entrará em vigor nos EUA.
“O poder deste acordo é a mensagem
passada ao setor privado para exibir seu potencial” face ao futuro da
energia e do desenvolvimento sustentável, disse.
Palavras
matreiras: as eventuais penalidades visarão o setor privado. E como as metas são utópicas, a
iniciativa privada acabará ficando estrangulada com normas, leis e sanções
legais.
Se o acordo prosperar, casos como as fraudes dos sistemas de emissão de
poluição e de CO2 nos motores Volkswagen e mais alguma montadora, começarão a
se multiplicar em série.
As metas são irrealizáveis em si mesmas, e, pior ainda, nos prazos
prescritos no tratado. A todo propósito, nas propagandas as empresas bancarão
de ecologicamente corretas e engajadas pelo meio ambiente, contra o CO2, etc.
Na prática, não poderão cumprir as metas de que se vangloriam. E será só
lhes cair um controle verde para que, uma a uma, sejam apontadas como rés de não
cumprimento.
O presidente da França, François Hollande (foto ao lado, centro),
assinou o primeiro e beirou o risível dizendo: “ninguém tem a responsabilidade de fazer tudo, mas cada um tem a
responsabilidade de fazer algo” para freiar a mudança climática.
O que quer dizer “fazer tudo” e “fazer algo”? Segundo o presidente
socialista francês poder-se-ia alegremente cumprir só uma parte do tratado? Ou
poderia se fazer apenas “algo” que não se sabe o que é? O que é que se pode
descumprir?
Hollande não explicou nada disso, mas solenemente foi o primeiro a jogar
tinta embaixo do “histórico acordo”.
Outra presença destacada foi a do ator Leonardo Di Caprio, o galã
escolhido para embaixador de paz da ONU em matérias climáticas.
Sem esclarecer se falava como cientista – que não é – como embaixador –
por que então só ele? – ou como ator, ele deixou clara a vontade de seus
responsáveis. “Isto não é suficiente”, disse exigindo que os países decidam
pô-lo seriamente em prática e de modo urgente.
No fim, Di Caprio regou suas palavras com condimentos apocalípticos:
“tudo o que eu vi nas minhas viagens me aterrorizou”, acenando com bosques
incinerados, secas sem precedentes, degelo de glaciares. Poderia ter mencionado
mais alguns “efeitos especiais” do “horror
science-fiction” em que ele se destacou como ator…
Do lado científico, o físico teórico tcheco Luboš Motl (1973 – ) que
trabalha com a teoria das supercordas e com os problemas conceituais da
gravidade quântica, doutorado na Rutgers University e professor assistente na
Universidade de Harvard, qualificou o papel assinado na ONU não de tratado mas
de Insanidade Climática de Paris.
Ele parece não ter achado nenhuma seriedade científica no papel com
tinta, mas sim muita ideologia de fundo comunista.
Dilma deixou o País comprometido com um acordo de insanidade que prejudicará o futuro brasileiro.
Para Luboš, Lenine poderia celebrar seu novo nascimento nesse evento. Pois, ele ameaça derrubar a economia do mundo no século XXI com a radicalidade que ele tentou arruiná-la um século atrás.
Segundo o físico teórico, Lenine bem poderá ser considerado o guru do “Insano
Tratado Climático de Paris”.
Para ele é um monte de papel que acolhe todas as arbitrariedades cogitadas
pelos ativistas verdes no mundo todo.
O engendro vem instalar um terrorismo anti-industrial em todos os países
onde for aplicado.
Um dos efeitos menores da Insanidade
consistirá numa extraordinária proliferação de novas espécies de parasitas
burocráticos no planeta.
Seu país, a Chéquia (até pouco República Tcheca) pelo menos teve a
decência de enviar um político de terceira classe para assinar o papel,
acrescentou.
O Secretário
de Estado dos EUA John Kerry, lhe fez lembrar a propagandas de ditadores que
oprimiram seu país, como Hitler e Stalin, que carregavam crianças de público na
hora de assinar as ordens para as piores chacinas.
Após lembrar outras encenações demagógicas acontecidas no evento
nova-iorquino e relembrar a verdade científica sobre a tendência para o
resfriamento global, o prof. Luboš apontou o colossal desinteresse popular em
seu país sobre a rumorosa assinatura do acordo insano de Paris.
Desinteresse análogo verificou-se no Brasil. O PT, os movimentos sociais
e outros grupelhos de esquerda, eclesiásticos ou não, poderiam tirar muito
proveito revolucionário da insanidade de Paris. O problema é que eles estão
sendo postos fora dos cargos onde promoviam suas revoluções.
Quem quer que seja o futuro ocupante do Planalto e dos ministérios,
auspiciamos que encontre um Brasil alerta a não se deixar avassalar pela
insanidade assinada por Dilma Rousseff.
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