Dilma, ausente, foi vaiada
O deputado federal Paulinho da Força, do Solidariedade, foi grosseiro ao se referir à presidente Dilma Rousseff. Não precisava; não devia (e avançar na tequila num ato político é claramente inconveniente).
Correu o risco de abafar a mais importante constatação dos
festejos de Primeiro de Maio: a de que acabou a época em que acusações a
líderes petistas não aderiam a eles.
Dilma, ausente, foi vaiada; vaiados foram, presentes, os ministros Gilberto Carvalho e Ricardo Berzoini, o prefeito paulistano Fernando Haddad (ficou mui-to bra-vo!), o candidato ao Governo paulista, Alexandre Padilha.
Dilma, ausente, foi vaiada; vaiados foram, presentes, os ministros Gilberto Carvalho e Ricardo Berzoini, o prefeito paulistano Fernando Haddad (ficou mui-to bra-vo!), o candidato ao Governo paulista, Alexandre Padilha.
Não foram vaiados só na festa da Força Sindical, que montou
um palanque oposicionista; foram vaiados também — e alvejados por latas e
garrafas — na festa da CUT, o braço sindical do PT.
É importante lembrar, também, que a CUT, de longe a maior
central sindical do país, reuniu muito menos gente em sua festa de Primeiro de
Maio do que a Força Sindical. A Força reuniu mais de cem mil pessoas (e
anunciou um milhão e meio).
A CUT reuniu algo como três mil (e anunciou 80 mil). Até os
números inflados por ambas as centrais mostram a diferença de público entre
suas festas.
Pior ainda, a CUT festejava também o discurso como eu sou
boazinha da presidente Dilma Rousseff em rede nacional de TV, com farta
distribuição daquilo que o pessoal do Palácio chamou de “bondades”. Não
adiantou e as vaias dominaram a comemoração. A explicação oficial é que “houve
infiltração”.
OK. E tudo indica que a tal infiltração cada vez será mais
visível e barulhenta.
Coisa estranha
Certo, Polícia Federal é órgão de Estado, não de Governo. É
mas não é. E por que, sendo oficialmente subordinada ao ministro da Justiça,
criou com a Operação Lava-Jato tantos problemas para o Governo Federal?
Atingiu a Petrobras (e, com isso, não apenas Graça Foster,
um dos mais fiéis braços da presidente Dilma; atingiu a própria presidente
Dilma); atingiu empreiteiras imensas, bem nas vésperas da eleição presidencial,
na hora mais propícia para ordenhá-las; atingiu candidatos do bolso do colete
do ex-presidente Lula, como o até há pouco ministro da Saúde, Alexandre
Padilha, candidato-poste ao Governo paulista.
Acertou André Vargas, petista roxo, capaz até da besteira de
fazer desfeita ao presidente do Supremo, que se atreveu a votar pela condenação
dos mensaleiros.
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