Psicose Ambientalista (VII)
O historiador
norte-americano Thomas Woods, em sua obra Como
a Igreja Católica construiu a Civilização Ocidental, destaca um exemplo
particularmente vivo da salutar influência dos monges no seu entorno físico,
analisando os pântanos de Southampton, na Inglaterra. Um especialista descreve
como era essa região no século VII, antes da fundação da abadia de Thorney:
“Não passava
de um enorme pântano.
Os charcos eram provavelmente parecidos com as florestas
da desembocadura do Mississipi ou as marismas das Carolinas: um labirinto de
errantes córregos negros;...
...grandes lagoas, atoleiros submersos a cada maré da
primavera; enormes extensões de juncos, carriços e samambaias; grandes bosques
de salgueiros, amieiros e álamos cinzentos;...
...florestas de abetos e carvalhos,
freixos e álamos, aveleiras e teixos, que em outro tempo haviam crescido
naquele solo baixo e fétido, agora eram engolidas lentamente pela turfa
flutuante, que vagarosamente devorava tudo, embora tudo conservasse.
Árvores
derrubadas pelas inundações e tormentas flutuavam e se acumulavam, represando
as águas sobre o terreno.
Córregos desnorteados nas florestas mudavam de leito,
misturando limo e areia com o solo negro da turfa.
A natureza, abandonada ao
seu próprio curso, corria cada vez mais para uma selvagem desordem e caos, até
transformar todo o charco em um lúgubre pântano”.
***
Cinco séculos
depois, foi assim que William de Malmesbury (1096-1143) descreveu aquela região:
“É uma réplica do paraíso, onde parecem refletir-se a delicadeza e a pureza do
céu. No meio das lagoas, erguem-se bosques de árvores que parecem tocar as
estrelas com as suas altas e esbeltas frondes;...
...o olhar fascinado vagueia sobre o mar de ervas verdejantes, os pés pisam as amplas pradarias sem encontrar obstáculos no seu caminho.
...o olhar fascinado vagueia sobre o mar de ervas verdejantes, os pés pisam as amplas pradarias sem encontrar obstáculos no seu caminho.
Até onde a vista alcança, nenhum palmo de terra está
por cultivar.Aqui o solo é escondido pelas árvores frutíferas; acolá, pelas
vinhas estendidas sobre o chão ou puxadas para o alto sobre caramanchões.
Natureza e arte rivalizam, uma suprindo tudo o que a outra esqueceu de
produzir. Ó profunda e amável solidão! Foste dada por Deus aos monges, para que
a sua vida mortal pudesse aproximá-los diariamente do céu”.
Sim a Igreja Católica converteu e civilizou os povos bárbaros, ensinando-os a cultivar o solo e preservar a natureza, com sabedoria e desejo de perfeição.
Sim a Igreja Católica converteu e civilizou os povos bárbaros, ensinando-os a cultivar o solo e preservar a natureza, com sabedoria e desejo de perfeição.
A visão
metafísica católica não pode ser confundida com a de certas seitas panteístas
que divinizam a natureza. Para um católico, a Criação deve antes de tudo ser
contemplada.
De uma pequena pétala de rosa a um grandioso pôr-de-sol, ela é belíssima nos detalhes, e especialmente no conjunto.
A contemplação de sua grandeza, beleza e ordem é apontada por Santo Tomás de Aquino como a quarta via do conhecimento de Deus.
O salmista canta: “Os céus narram a glória de Deus, o firmamento anuncia a obra de suas mãos” (Sl. 19, 1).
Até mesmo os seus horrores são úteis ao servir de contraste do feio com o belo, do vício com a virtude.
De uma pequena pétala de rosa a um grandioso pôr-de-sol, ela é belíssima nos detalhes, e especialmente no conjunto.
A contemplação de sua grandeza, beleza e ordem é apontada por Santo Tomás de Aquino como a quarta via do conhecimento de Deus.
O salmista canta: “Os céus narram a glória de Deus, o firmamento anuncia a obra de suas mãos” (Sl. 19, 1).
Até mesmo os seus horrores são úteis ao servir de contraste do feio com o belo, do vício com a virtude.
O homem e a natureza vêm sendo agredidos pela poluição
decorrente da industrialização e da rápida urbanização ditadas por uma
modernidade que rompeu com os valores do passado e, ao mesmo tempo, se encontra
ofegante para usufruir das promessas da tecnologia.
Em consequência, novas propostas de ambientalismo e defesa da natureza são apresentadas e propagandeadas pelos grandes meios de comunicação, por líderes mundiais e organismos internacionais, como a ONU.
No entanto, infelizmente, por trás de grande parcela dessa defesa da natureza se oculta uma nova ideologia, até mesmo uma nova religião, que pretende justificar e implantar uma sociedade humana igualitária e neotribal, lastreada num misto de pseudociência com filosofias arcaicas e pagãs.
(Continua)
Em consequência, novas propostas de ambientalismo e defesa da natureza são apresentadas e propagandeadas pelos grandes meios de comunicação, por líderes mundiais e organismos internacionais, como a ONU.
No entanto, infelizmente, por trás de grande parcela dessa defesa da natureza se oculta uma nova ideologia, até mesmo uma nova religião, que pretende justificar e implantar uma sociedade humana igualitária e neotribal, lastreada num misto de pseudociência com filosofias arcaicas e pagãs.
(Continua)
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