Psicose Ambientalista
(continuação)
Para clarear o
assunto, tome-se o exemplo de um rio poluído.
O Rio Tietê, nos seus 1.010 km , atravessa quase
todo o Estado de São Paulo. Nasce nas escarpas da Serra do Mar e caminha rumo
ao interior até desaguar no Rio Paraná, sendo assim um dos muitos rios do Sul e
Sudeste brasileiros que não correm diretamente para o Atlântico, apesar de
nascer a apenas 22
quilômetros do litoral.
Na língua tupi, tietê significa “água verdadeira”. Ainda nas décadas de 20 e
30, o rio era utilizado para pesca e atividades esportivas. Com a crescente
urbanização, sofreu, no trecho da Grande São Paulo, um processo de degradação,
provocada por poluição industrial e esgotos domésticos.
Em 1990, uma grande
campanha publicitária comparou o Tietê poluído com as águas límpidas e despoluídas
do Rio Tâmisa de Londres, que passara por um processo de recuperação desde a
década de 50.
Diante de tais pressões populares, em 1991 começou um programa de
despoluição do rio, com intensa participação de organizações da sociedade
civil. Atualmente, o Projeto Tietê é o maior projeto de recuperação ambiental
do País.
Passados mais
de 20 anos, a despoluição do Tietê ainda está muito aquém dos níveis desejados,
mas já são observáveis os progressos.
No início do programa, o percentual de
esgotos tratados em relação aos esgotos coletados não ultrapassava os 20% na
região metropolitana de São Paulo. Em 2004, esse percentual estava em 63%
(incluindo tratamento primário e secundário). Espera-se que, até o final do
programa, esse índice alcance os 90%.
Na década de 90, a mancha de poluição do
Tietê chegava a 100
quilômetros .
Interessante notar que a própria natureza,
ao longo desse trecho, vai limpando gradualmente o rio até as águas se tornarem
novamente potáveis e piscosas.
Este convincente exemplo foi utilizado em uma
conferência pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, ressaltando a necessidade de
uma ação humana para despoluir o rio, mas deixando claro também que a natureza
é dotada de extraordinária capacidade de regeneração e depuração.
Isto é muito
diferente do histerismo catastrofista de certos ambientalistas, como se verá a
seguir. (Continua)
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