quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Histerismo catastrofista




Psicose Ambientalista
(continuação)


Para clarear o assunto, tome-se o exemplo de um rio poluído. 

O Rio Tietê, nos seus 1.010 km, atravessa quase todo o Estado de São Paulo. Nasce nas escarpas da Serra do Mar e caminha rumo ao interior até desaguar no Rio Paraná, sendo assim um dos muitos rios do Sul e Sudeste brasileiros que não correm diretamente para o Atlântico, apesar de nascer a apenas 22 quilômetros do litoral.

Na língua tupi, tietê significa “água verdadeira”. Ainda nas décadas de 20 e 30, o rio era utilizado para pesca e atividades esportivas. Com a crescente urbanização, sofreu, no trecho da Grande São Paulo, um processo de degradação, provocada por poluição industrial e esgotos domésticos. 

Em 1990, uma grande campanha publicitária comparou o Tietê poluído com as águas límpidas e despoluídas do Rio Tâmisa de Londres, que passara por um processo de recuperação desde a década de 50. 

Diante de tais pressões populares, em 1991 começou um programa de despoluição do rio, com intensa participação de organizações da sociedade civil. Atualmente, o Projeto Tietê é o maior projeto de recuperação ambiental do País.

Passados mais de 20 anos, a despoluição do Tietê ainda está muito aquém dos níveis desejados, mas já são observáveis os progressos. 

No início do programa, o percentual de esgotos tratados em relação aos esgotos coletados não ultrapassava os 20% na região metropolitana de São Paulo. Em 2004, esse percentual estava em 63% (incluindo tratamento primário e secundário). Espera-se que, até o final do programa, esse índice alcance os 90%.

Na década de 90, a mancha de poluição do Tietê chegava a 100 quilômetros

Interessante notar que a própria natureza, ao longo desse trecho, vai limpando gradualmente o rio até as águas se tornarem novamente potáveis e piscosas. 

Este convincente exemplo foi utilizado em uma conferência pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, ressaltando a necessidade de uma ação humana para despoluir o rio, mas deixando claro também que a natureza é dotada de extraordinária capacidade de regeneração e depuração. 

Isto é muito diferente do histerismo catastrofista de certos ambientalistas, como se verá a seguir. (Continua)






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