quinta-feira, 18 de abril de 2013

Entrevista de Dom Bertrand para Blog católico sobre "Psicose Ambientalista"



“Nos Passos de Maria

O Blog apresenta o Príncipe Imperial do Brasil, Dom Bertrand de Orleans e Bragança como uma liderança católica engajada nos principais assuntos que afetam a sociedade brasileira, tais como a luta contra o aborto, o direito de os pais orientarem seus filhos dentro da doutrina cristã, bem como a defesa de que único casamento que corresponde à boa ordem estabelecida por Deus é entre um homem e uma mulher, entre outros temas polêmicos. 

Nesse Post transcrevemos -- para a apreciação de nossos leitores -- apenas a resposta do Príncipe à primeira das quatro perguntas a ele formuladas. 

Nos Passos de Maria: ... qual a ligação entre a doutrina ambientalista radical e a Igreja Católica? Nós, católicos, devemos nos preocupar com o assunto no aspecto religioso? E no aspecto social?

Dom Bertrand: Segundo nossa concepção católica, como se lê no Gênesis, primeiro livro das Sagradas Escrituras, Deus dispôs a natureza para servir ao homem: 

Eis que vos tenho dado todas as ervas que produzem semente, as quais se acham sobre a face de toda a terra, bem como todas as árvores em que há fruto, que dê semente; ser-vos-ão para mantimento”(Gênesis,1,27-29). Isto é, nos desígnios de Deus, os recursos da natureza estão aí para ser racionalmente explorados.

Os ambientalistas radicais têm uma visão panteísta da natureza (do grego pan = tudo + théos = Deus). Eles têm uma doutrina filosófica, uma crença que defende um deus imanente, considerando a natureza e o universo divinos: as árvores, as rochas, os animais, o céu, o sol, os homens são divinos ou contêm partículas divinas.

 Enquanto a doutrina católica ensina que Deus é um ser transcendente, perfeitíssimo, eterno, criador do Céu e da Terra.

Esse ambientalismo-panteísta faz ressurgir uma espécie de religião pagã e ateísta baseada nos velhos mitos de Gaia, a mãe Terra. Eles pretendem combater o desenvolvimento e a civilização, além de induzir a humanidade a retroceder a uma vida primitiva e selvagem. Seria a destruição do resto de civilização cristã a substituída por um tribalismo indígena comuno-missionário.

O Sr. José Lutzemberg, ex-Ministro do Meio Ambiente, um dos líderes desse grupo de ambientalistas explica essa concepção “panteísta” no artigo Gaia, O planeta vivo

As árvores, florestas, pradarias, os banhados e as algas microscópicas dos oceanos são órgãos nossos, tão nossos quanto nosso pulmão, coração, fígado ou baço...
... Poderíamos chamá-los de nossos órgãos externos, enquanto esses últimos são nossos órgãos internos. Mas são os órgãos externos deles. O organismo maior é um só. A diferença entre os biólogos convencionais, apenas científicos, e os ecologistas está na veneração...
... Para o ecologista a natureza não é simples objeto de estudo e manipulação, é muito mais, ela é algo de divino; não tenham medo desta palavra, é sagrada. E nós humanos somos apenas parte dela. Daí a atitude do ecologista não poder ser jamais a atitude de agressão, dominação, de espoliação...
... O ecologista procura a integração, harmonia, preservação, a contemplação estética. O planeta Terra é um ente vivo com identidade própria, o único de sua espécie que conhecemos“.
 
 Nós, católicos afirmamos que Deus é um ser transcendente, perfeitíssimo, eterno, criador do Céu e da Terra. E assim como se diz que as jóias são “netas“ de Deus, pois são obras dos filhos de Deus, assim também se diz que  o homem é o “jardineiro“ de Deus. Para os ambientalistas, ao contrário, o homem é o “predador“ da natureza.


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