R$ 6 bi por ano de prejuízo apenas na
exportação de soja
exportação de soja
As dificuldades de levar o grão do campo ao porto vão
muito além da afamada fila de caminhões nos terminais portuários. Acidentes e mortes em
estradas federais esburacadas, propina, falta de armazéns e burocracia nos
portos deixam um prejuízo de R$ 6,6 bilhões por ano ao país, segundo
especialistas.
Repórteres do GLOBO
percorreram a principal rota da soja, de Lucas do Rio Verde (MT) a Paranaguá
(PR), e constataram o caos logístico, como mostra a série de reportagens
“Celeiro em xeque”.
Para levar um dos
produtos que mais recursos traz ao país — o complexo da soja briga com o
minério de ferro pela liderança nas exportações —, um exército de caminhoneiros
vive a duras penas, com dificuldades até de atender a necessidades básicas,
como dormir e tomar banho.
No fim das contas, ao
vender uma saca de 60 kg de soja, o produtor recebe o equivalente a apenas 35
kg. O resto do dinheiro fica no caminho, pois o Brasil optou pela pior, mais
cara e poluente via de transporte para longas distâncias: as rodovias.
Pelas estradas seguem
82% da safra de soja, percentual muito acima dos EUA, onde os caminhões levam
25% da produção.
Carentes de armazéns, os
produtores brasileiros liberam a safra ao mesmo tempo, entupindo as estradas e
ficando à mercê das cotações do dia.
Já o milho terá
prejuízo estimado em R$ 1,4 bilhão com o caos logístico este ano, totalizando
R$ 8 bilhões em perdas para o país quando somado à soja.
Fonte: O Globo (Leia mais sobre esse
assunto em
http://oglobo.globo.com/economia/caos-do-campo-ao-porto)
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