A derrota dos baderneiros
A mais
longa greve deflagrada pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São
Paulo (Apeoesp), que pedia reajuste de
75,33% sob o pretexto de equiparar o salário do magistério público ao das
categorias do funcionalismo com formação universitária, terminou sem que os grevistas obtivessem uma única concessão do governo
do Estado. Nada ganharam e tudo perderam, pois os excessos cometidos durante a parede foram próprios de desordeiros violentos e não de pessoas encarregadas de
formar o intelecto e o caráter das crianças paulistas.
A
greve, que durou 89 dias, foi deflagrada logo após o início do ano letivo, mais uma vez convertendo os alunos e suas
famílias em reféns de exigências irrealistas. Os grevistas apelaram para o
Judiciário, alegando que a Constituição assegura o direito de greve ao
funcionalismo público. Tribunais superiores derrubaram a pretensão, lembrando que quem entra em greve não tem
direito a receber o salário correspondente aos dias não trabalhados. Assim,
desmoralizados em todas as frentes, os grevistas voltaram às salas de aula.
Os
maiores derrotados foram as lideranças
políticas que há muito tentam usar o professorado como massa de manobra de
determinados partidos. A direção da
Apeoesp é vinculada ao PT e sempre
procurou desgastar os governos do PSDB. O controle da entidade também é
disputado por pequenas facções de
esquerda radical, vinculadas ao PSOL, ao Partido da Causa Operária e ao PSTU, que tentam compensar a
carência de votos e a falta de representatividade apelando para a afronta à
lei, para a intimidação e para a violência.
O Estado de S. Paulo, Notas & informações
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